A família é vista à luz da Constituição, como um dos pilares fundamentais da sociedade. No entanto, a evolução dos tempos tem trazido novos paradigmas relativamente ao seu papel e às novas figuras pelas quais se vão desenhando as famílias actualmente.
Analisando agora separadamente a questão da visão da família aos nossos olhos, somos muitas vezes confrontados com um dogma que é cada vez mais dificilmente aceite, que consiste no facto de termos de aceitar a nossa família tal como ela se nos apresenta e interage connosco. Na verdade, muitos dirão que os amigos podemos escolhê-los, mas a família é o que é e pronto, aprecie-se ou não.
Sobre a questão da família material, os membros de uma família juntam-se sob o signo da simpatia espiritual entre eles, isto significa que a essência de uma família encontra-se como que determinada num processo de evolução de cada um dos membros que a compõem. Todos são úteis a todos e nenhum isoladamente evolui sem a interacção com os restantes. Sejam em condições de provações, de missão ou de evolução simpática, todos os membros da família possuem um papel determinante na formação da mesma. Na verdade, existem também nas famílias, alguns membros que poderão ser vistos aos nossos olhos como que outsiders, elementos estranhos ou até não simpáticos. Este facto deve-se a uma missão ou provação dos mesmos, integrando-se num meio familiar que lhes é alheio mas que lhes serve de meio de progresso a vários níveis, sendo este elemento normalmente menos evoluído moral e espiritualmente que os restantes. Em algumas situações, também se poderá dar o contrário, podendo este ser mais evoluído e dessa forma contribuir para a evolução dos restantes.
Como a sociedade não consegue evoluir como um todo, o processo evolutivo do indivíduo faz-se através da sua interacção num meio mais pequeno, numa família, onde aí consegue fazer a diferença, contribuindo no seu melhoramento e nos demais à sua volta.