Não importa se nos acompanha uma crença, doutrina ou uma fé. Seja como for, na verdade é difícil esconder o facto, de que por muito que custe acreditar, existe algo superior a nós e que de alguma forma gere todo este nosso universo. Seja como for, chame-se Deus, outro qualquer nome ou epíteto, dependemos de forças ocultas que estão para lá do nosso entendimento e compreensão, que muitas são as vezes, nos remetem para uma condição de fragilidade parcial ou absoluta face ao que julgamos que somos. Ainda assim, quantas vezes em consciência agradecemos o bom que nos acontece?
Será que o pão e a água que recebemos, é condição obrigatória que algo ou alguém nos tem que dar?
Será que as alegrias que experimentamos são também elas obrigatórias na nossa vivência? E as tristezas?
Na verdade, deveríamos de olhar um pouco mais para dentro de nós mesmos e agradecer o que a nós é trazido de alguma forma. Se as leis do universo regem o nosso mundo, sob as quais não temos mínimo poder de acção, porque não agradecer intimamente as benesses que nos são trazidas?
Julgaremos nós ser detentores de direitos absolutos sobre tudo o que se encontra na nossa vida? E se o universo se "virar" contra nós e nos mostrar que não somos nós que mandamos?
Agradecer é uma acto de humildade, de elevação moral e sobretudo de uma profunda consciência da dependência de outrem, porque isolados não representamos nada. Tal como a gota de água é insignificante num imenso oceano.
Porque não tomar consciência e agradecer o hoje?
Porque não trilhar um melhor amanhã, olhando para nós e para o próximo trazendo-lhe e fazendo-lhe o que gostaríamos que nos fosse feito a nós?