19/04/2013

Vida de ingratidão

A gratidão, é uma virtude das almas nobres e é, sem dúvida, um dos sentimentos que leva o Homem ao expoente máximo da sua existência. 
Quantas vezes parámos para agradecer?
Agradecer o pequeno gesto, a atitude, o acto de valor e de amor que alguém teve para connosco?
Quantas vezes agradecemos a Deus as oportunidades que Este nos dá diariamente de podermos sermos melhores, de podermos evoluir na pluralidade da nossa essência humana e espiritual?
Sabemos pedir, pedir aos outros, exigir dos outros. Sabemos olhar para Deus quando mais precisamos de ajuda divina. Sabemos que quando o Homem nos falha, traí e desilude, Deus está sempre ao nosso lado. Ele nunca nos abandona seja quais forem as circunstâncias. Mas agradecemos-Lhe isso?
A vida, as vicissitudes das sociedades modernas e materialistas, levam o Homem para caminhos de sofrimento e tristezas profundas, pois muitas vezes assentou a sua felicidade nas ténues e fugazes ilusões do materialismo do momento. O vazio das existências sem moralidade e espiritualidade, traduzem-se em grandes momentos de ingratidão para com a vida, com os outros e para com Deus. 
Não é fácil o desapego, é verdade. Mas sem dúvida que viver na ingratidão e no egoísmo próprio de quem se julga Ser único, não leva o Homem per si à felicidade que tanto almeja.
Agradecer. Não nos esqueçamos de agradecer. Paremos uns segundos para agradecer todo o acto de Amor que Deus e o próximo tem para connosco. 
A vida é mais do que o que os olhos vêem. A vida encontra o seu enorme espaço no universo do coração do Homem que procura melhorar-se e evoluir. A vida é uma aprendizagem contínua que Deus nos proporciona diariamente. Não nos esqueçamos de agradecer isso, sejamos gratos.
E quem não quiser agradecer a Deus, que não enverede pela ingratidão perante todos quanto  nos tragam apoio e ajuda para vencer obstáculos, pois de qualquer forma, todo o acto de Amor chega a Deus...directa ou indirectamente. 

"Fazei ao próximo o que deseja para si mesmo, e agradecei pela vossa vida."

10/04/2013

Adiar a esperança...

Sonhamos. Desejamos. Ambicionamos. Alimentamos uma esperança, que nos gumes das ilusões criadas pela impaciência, nos trazem momentos de sofrimento, de desilusão, de profundas tristezas. 
Desejamos que o sol brilhe nas nossas vidas, desejamos que a vida nos traga o que desejamos e nos proporcione os momentos pelos quais tantos minutos passámos a desejar e a sonhar.
Tudo na vida tem o seu propósito maior. Propósito esse que, para uma grande maioria, está longe do alcance próximo da sua compreensão e entendimento. Nunca nada acontece por acaso e muito menos nada acontece a não ser no momento em que realmente tem de acontecer. É difícil entender isto, sobretudo para quem numa visão materialista da vida, se encontra numa redoma da qual não consegue libertar-se, desejando o Amanhã já hoje. Desejando já agora mesmo. 
A evolução interior do homem faz-se progressivamente numa lógica evolucional intelectual, moral e espiritual. O tempo não importa, pois o tempo em nada influi no processo evolutivo do Ser. O desejo, quando sustentado numa lógica inerente ao Bem próprio e/ou comum, acaba sempre por se transformar na realidade ambicionada. O universo assim funciona e assim se rege pelas leis divinas e morais numa balança que equilibra o Bem e o Mal, o atingível do inatingível.
A esperança é o "alimento interior" do Homem que deseja para si ou para os outros. A esperança não deve, ou melhor não deveria, de ser alicerçada em não mais do que nas bases do desejo puro e da paciência. Ser paciente é um dos maiores desafios do Homem.
Remar continuamente na direcção dos sonhos, é a fonte de energia espiritual que alimenta todo o Homem que deseja crescer, evoluir e melhorar-se, pois os sonhos não materialistas são pontos de crescimento interior cuja escala dificilmente encontra paralelo na esfera materialista em que vivemos na actualidade. 
Ser é bem mais importante que Ter, mas para ser, é preciso conseguir libertar-se das amarras das esperanças mal sustentadas.