21/06/2013

A concessão de um desejo....

Desejar, nem sempre é sinónimo de obtenção, pelo menos no imediato do fervoroso desejo típico humano. Mas, sem dúvida que é o primeiro passo rumo à concretização de algo muito almejado.
Quando o Homem pede ao divino, por algo que deseja, será sempre ouvido, mas nem sempre poderá obter a resposta que deseja e muito menos, se a obtiver, esta será no prazo proporcional a esse desejo. 
Desejar bens materiais, é um desejo recorrente numa humanidade demasiado materialista e ainda muito ligada à materialidade da sua existência. A forma simplista de se ver a própria existência, resumindo-a ao equilíbrio do que se possui e o que se desejaria ter, remete o Homem para um vazio interior proeminente, que sem margem para dúvidas, o transporta para níveis de infelicidade por vezes demasiado difíceis de gerir. Esta gestão psicológica, por vezes turbulenta, leva muitas vezes a graves desequilíbrios psicológicos e processos mentais que dificultam muito a vivência diária das pessoas. Isto porque a sua dimensão de vida está somente centrada no TER e tão pouco mais do que isso.
Deus, muitas vezes concede a obtenção de desejos materiais a quem fervorosamente ambiciona. No entanto, nem sempre essa obtenção deve de ser vista como uma vitória, mas mais como mais uma prova a ultrapassar na vida. Pois nunca deve de ser esquecido que a materialidade afasta o Homem da sua espiritualidade, e não menos importante, que a felicidade plena encontra-se nas dimensões pessoais que nada têm a ver com as questões materiais da nossa existência. 
Fazer florescer a felicidade interior, é um processo árduo e difícil, somente possível com um maior foco no EU interior do que no Ego que não mais deseja do que se mostrar ao mundo como algo que ele não é nem precisa de ser.

11/06/2013

A Vida que continua como acabou...

"Vejo-me mal. Anomalias físicas. Quero Amor, preciso de amor. Sofro. A minha mãe abandonou-me, deixou-me. O meu pai bebia muito, era mau, batia-me. As minhas pernas não mexem, não ando. Choro muito. Olhava para a a janela desejando fugir em liberdade...a andar, correr. [...]"

Este é um trecho de uma mensagem mediúnica obtida pelo processo de psicografia. A mensagem aqui divulgada, apesar de pequena, serve para retratar o ponto onde muitas pessoas ainda "vivem" e se encontram psicologicamente depois de partirem da esfera corporal. Julgar que a vida acaba com a morte é um erro, que nem o longo historial universal veio desmistificar, ao ponto de ser uma verdade absoluta verossímil que a humanidade ainda não aceitou por completo. Tudo continua depois da morte...e tantas vezes no mesmo "ponto" onde ficou.
A morte é uma passagem de estado, somente isso. A essência continua nos mesmos moldes em que fora construída na vida. E muitos são aqueles que no outro plano da vida, procuram restabelecer o equilíbrio emocional e moral que nunca tiveram na condição de encarnados. Muitos sofriam antes, julgando que a morte os aliviaria. Mas quando o despertar se faz dou "outro" lado, verificam e tomam plena consciência que nada mudou (somente já não possuem o invólucro físico chamado corpo que tinham) e que o seu sofrimento perdura e perdurará tanto tempo quanto aquele estes irmãos assim o desejarem. Pois para que haja uma libertação do sofrimento, é preciso elevar a consciência aos maiores valores morais e espirituais que o homem demasiado materializado não consegue discernir nem assimilar. É preciso aceitar as leis divinas do Amor. 
Muitos são aqueles que vagueiam nas ondas e vibrações inferiores da amargura, da dor e das trevas muito depois da morte física. Esse "tempo" pode ser praticamente indescritível, dada a inferioridade moral a que cada a um se devota. 
Somente a aceitação do Amor pode salvá-los e esse processo é dos mais difíceis  sobretudo para todos aqueles que nunca viveram com a consciência da necessidade de ir eliminando os defeitos e imperfeições morais adquiridas ao longo do tempo....