"Estamos habituados a julgar os outros por nós próprios, e se os absolvemos complacentemente dos nossos defeitos, condena-mo-los com severidade por não terem as nossas qualidades."
Esta frase de Honoré de Balzac, expressa de uma forma simples o modo de actuação do Homem nas relações entre si. O julgamento rápido e sumário, é uma das maiores demonstrações de falta de Amor-próprio e Amor ao próximo que se pode expressar.
Uma das realidades dos nossos tempos, é manifestamente a falta de Amor que existe entre os Homens. Essa crua realidade, expressa-se nas coisas mais imponentes e grandiosas, como nos mais pequenos actos do dia-a-dia. O desrespeito pelo ser humano, é total e quase completo. Do ponto de vista moral, as alterações comportamentais associadas ao não julgamento próprio sobre o certo e errado, são cada vez mais uma constante. O Homem tem vindo a rebater a sua consciência, ignorando-a e relegando-a para uma condição de fonte julgadora que não o deverá de atingir de forma nenhuma. Do ponto de vista espiritual, a condição materialista da humanidade, relega-a para segundos planos mantendo exclusivamente a preocupação no momento presente cheio de alegrias fúteis e bases de felicidade assentes em pés de barro.
O Homem tem vindo a fugir da Fonte da Vida e da verdadeira Felicidade: o Amor.
A não expressão de Amor, seja a si como ao próximo, relega o Homem para uma existência vazia, fútil e muito infeliz. Mais uma vida "perdida"...
Antes de julgar os outros, o Homem deveria de julgar-se a si mesmo, considerando não um qualquer manual de Leis doutrinárias humanas, mas sim uma única lei: a Lei do Amor.
E esta lei resume-se da seguinte forma: "Fazer aos outros aquilo que gostaríamos que nos fosse feito"