O poeta Fernando Pessoa já dizia um dia que: "Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce".
Ora esta relação transversal entre as esferas espiritualistas e materialistas da vida não deixa de ser interessante, considerando que a obra só pode nascer do pensamento e o pensamento muitas vezes encontra as suas bases no sonho.
Falar sobre os sonhos, remete para uma análise bicéfala entre a espiritualidade e a ciência, pois se do ponto de vista da ciência os sonhos são gerados no inconsciente, fruto das vivências diárias e rebuscadas durante os períodos de sono, do ponto de vista espiritual, os sonhos vão muito além desta teoria.
Durante o sono, o espírito emancipa-se, liberta-se dos laços físicos do corpo momentaneamente (nunca se desligando dele! pois isso originaria a sua morte). A liberdade auferida nesses momentos é muito grande, e normalmente o espírito procura as suas afinidades e perscruta o seu passado. Por vezes, Deus concede que o espírito seja avisado sobre acontecimentos futuros (premonições), mas somente se forem para o seu Bem e úteis à sua evolução.
Regra geral, possuímos alguma dificuldade em recordar-mo-nos dos sonhos e isto acontece porque o espírito não recebe as informações, sentimentos e emoções pelos orgãos do corpo, logo dessa forma torna-se difícil ficarem registados e guardados, tal como guardamos emoções vividas ou odores, por exemplo. Se não vimos ou sentimos algo, será difícil compreender do que se trata realmente.
O cansaço muitas vezes sentido depois de uma noite de sono, é fruto da ligação permanente que o espírito possui com o corpo (laço fluídico) e por esse facto, as experiências e actividades do espírito são também sentidas pelo corpo, levando ao cansaço do mesmo.
Sobre as interpretações dos sonhos, é importante compreender que os sonhos não são verdadeiros para o corpo, somente para o espírito, por isso sonhamos tantas vezes com coisas que desconhecemos, pessoas que nunca vimos e acontecimentos que nunca vivemos, por exemplo.
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