Será que tudo o que se vê, é real?
E o que não se vê, também será real?
Em Roma, sê romano. Este é um dos ditados populares que muito poderá servir para explicar muitos dos comportamentos humanos com que nos deparamos diariamente. Esconder-se atrás de máscaras e aparências é basicamente a nossa vida. Parecer o que não se é, mas para quê e porquê?
Talvez por medo, para evitar juízos de valor a nosso respeito, para não ser desconsiderado, desrespeitado, ignorado... Mas haverá fundamento nisto? É assim tão importante mostrar-se como pessoa que não se é?
As aparências falsas só existem por causa do Ego, por causa do Orgulho e por causa da Vaidade que continuamos a alimentar diária e continuamente. Aos olhos de Deus somos todos iguais, somos seus filhos. Neste sentido poderá facilmente concluir-se que não é Deus que nos julga, mas sim os Homens, pois se para Deus somos "transparentes", nada lhe podemos esconder, aos olhos dos Homens podemos esconder-lhes tudo e valorizamos mais o julgamento do Homem que o de Deus. Estaremos certos?
O que importa o julgamento de um vizinho, ou de alguém que nunca conhecemos? Não será mais importante o julgamento vindo de nós próprios, do nosso coração? Da nossa consciência?
Para que nos serve alimentar as aparências, quando estas cairão sobre nós e serão causa da nossa destruição interna, da nossa própria desgraça, pois a consciência não conseguirá perdoar tal atitude e seremos os nossos próprios juízes. O sofrimento tomará conta de nós.
Subjugar-se ao sofrimento gratuito advindo de aparências, não é de todo sinónimo de lição para a nossa evolução espiritual. Pelo contrário, tomar consciência do que somos, do que podemos ou não ser e fazer, é por si só grande lição que em tudo nos valoriza como seres humanos e sobretudo como seres espirituais que somos. É este o caminho da aprendizagem, da nossa longa aprendizagem na vida.
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