Desde que o dinheiro foi
criado, como moeda de troca por bens ou serviços, o desenvolvimento das
sociedades modernas foi evoluindo no sentido do endeusamento do dinheiro com
uma das bases dos sistemas inter-relacionais dos povos, tornando-o base de
conflitos sejam entre povos como em nós próprios.
Actualmente, vive-se na ilusão
criada por factores externos à nossa real existência, vive-se num mundo de
ilusões, rodeados da insubstancial condição humana baseada nas aparências.
Ambiciona-se pelo que não se tem e inveja-se o que os outros possuem,
materialmente falando.
A realidade, esta é dura e
difícil de aceitar e por isso muitas pessoas refugiam-se atrás de aparências
materiais que nada tem de verdadeiramente importante. O ser humano, não é de
todo só a parte visível, isto é o corpo, mas sim um complexo sistema corpóreo e
não corpóreo, sendo que os universos contidos na parte não corpórea são
substancialmente mais importante e relevantes para o ser humano que a parte
visível do seu ser.
A alma ou o espírito é
imortal, contrariamente ao corpo. E a verdadeira condição que nos assiste é
esta mesma condição, de sermos espíritos imortais que de tempos a tempos
encarnamos num corpo material. Este processo serve somente para a contribuição
estruturada do nosso desenvolvimento como seres únicos, dado que no elemento
espiritual não é possível efectivar-se esse desenvolvimento somente sendo
possível no mundo terreno (corpóreo) num contexto de inter-acção em sociedade e
de desenvolvimento intra-pessoal.
As aparências rapidamente caem
quando expostas às verdades, sejam estas divinas ou inter-relacionais entre as
pessoas. Não é fácil manter a máscara da aparência, pois as pessoas são aquilo
que os seus espíritos são no contexto directo do seu desenvolvimento moral e
intelectual, e como tal, facilmente se destroem as aparências mal sustentadas
pela manifestação de bases mal estruturadas de um espírito deficientemente
desenvolvido.
Pior que as aparências
materiais, são as de ordem moral. Pois estas rebatem directamente na
consciência de cada um, e o “inferno pessoal” estando alojado na consciência
individual torna a existência tormentosa e difícil, levando à perda de valores
e no final à perda do espírito nas sombras do sofrimento.
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