Quando o Homem se julga acima do que realmente é, estabelecem-se novos paradigmas na sua vida, muitas vezes ilusórios, fruto de uma cegueira da sua existência interior que é de longe diferente da manifestada exteriormente.
As portas do "inferno" são já ali. Se bem que o inferno não exista como lugar real, existe na verdade dentro de cada Homem. O inferno é um lugar mitológico que não tem paralelo no que diz respeito ao sofrimento a que cada "residente" é sujeito e se auto-submete durante certo período de tempo. A permanência nesses "estados" não é definitiva, nem tão pouco obrigatória. Só depende de cada um.
A dor é física, mas o sofrimento é muito para lá disso. O sofrimento advém de estados mentais, criados e desenvolvidos pela forma como cada um vê e se vê no mundo que o rodeia. A porta do sofrimento, é tão larga quanto o Homem deseja, pois os estados de dor que se inflige, fruto de muitos defeitos próprios, mantidos ou desenvolvidos, pelo próprio e por todos quanto o rodeiam, são um caminho de fácil acesso.
O Homem é o único responsável da sua dor e sofrimento. Quando as coisas são colocadas em perspectiva, acabam sempre por tomar outro significado e importância. Muitas vezes, os os aspectos negativos, reduzem a sua importância e relevância quando analisados e vistos de outro ângulo. As portas do inferno são somente a teimosia em não querer ver a vida por outras perspectivas, somente teimando em ver a materialidade de uma existência.
O desapego ao "mundo material" eleva o Homem, remete-o para níveis de consciência superiores, desmaterializa o mundanismo próprio dos seres inferiores e pouco espiritualizados.
Ninguém está condenado à partida, pois seria uma das maiores injustiças proporcionadas por Deus aos seus filhos. Simples e ignorantes, todos partem da mesma origem e a chegada só dependerá dos caminhos que escolher para si. Nada mais.
As portas do "inferno" são já ali...mas só para quer quiser.
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