Obsessão Espiritual - I

Em 1998, a OMS (Organização Mundial de Saúde) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. A inclusão do aspecto espiritual nos domínios da saúde, significa uma aceitação de uma dimensão extra-corporal que se constitui como parte integrante da estrutura complexa do ser humano. Desta forma, o ser humano engloba não só o corpo, a mente, mas também o espírito.

As enfermidades da alma ou do espírito, revelam-se assim como uma doença que tem repercussões, por vezes graves, nos domínios da mente e do corpo, influenciando negativamente a vida e o bem estar emocional. As obsessões, são sem dúvida um factor primário de muitas doenças e enfermidades que os seres humanos na condição de encarnados sofrem e estão muitas vezes sujeitos. 

Para muitas pessoas, a morte constitui-se como um ponto final em tudo na vida. A realidade é muito contrária e a condição factual da continuação da vida após a morte do corpo físico, vem trazer novos problemas no âmbito da temática das obsessões, pois o que o Homem é em vida, assim continua após o desprendimento do corpo. Este aspecto, reflecte-se nas dimensões interiores do ser humano, no facto de possuir um bom ou mau íntimo e dessa forma as suas interacções com os outros em seu redor. 

As obsessões espirituais, são uma vertente negativa da essência humana, pois as interacções entre os planos espiritual e físico são constantes e permanentes, levando a que desavenças do passado sejam perpetuadas no pós vida. 

É preciso relembrar que que cada um de nós é um pólo de atracção de semelhantes, isto é, se em nos florescerem bons sentimentos de amor, atrairemos para nós, tanto do plano físico como do plano espiritual, iguais seres. O contrário também é verdadeiro.
As obsessões são conhecidas e estudadas pela psicologia e psiquiatria, no entanto não foi ainda dado maior espaço de estudo de análise no que respeita os efeitos das essências espirituais negativas sobre os seres humanos no plano físico.