Quando o espírito não consegue seguir a corrente da vida que conduzimos, entramos num estado contraditório interior. Quando a visão que temos de nós próprios face aos outros, não encontra paralelo, nem se encontra em nenhum plano racional, caímos em nós mesmos enfraquecendo os alicerces de uma felicidade que julgávamos conquistada ou prestes a isso.
A evolução do Homem, é um caminho solitário. Distanciando-se das massas, o Homem na sua senda evolutiva vai perdendo muito pelo caminho, para ganhar outras coisas mais importantes. As afeições comunentes do Homem pela parte visível e material da sua existência, transforma-o num pólo único de sofrimento interior, pelo qual nem sempre consegue desligar-se facilmente. As contradições de uma vida, são formas de consciencialização tomadas pelo Eu (self) que tomadas pelas linhas unidireccionais das visões materialistas, criam sofrimento, desânimo e ruptura consigo próprio e com o mundo. O resultado é um estado de infelicidade que muitas vezes se torna depressivo. Os desejos e a sua concretização, são os propulsores de muito da nossa existência. São a essência que nos retorna à vida da luta e vontade de evoluir, seja em que plano for.
A reforma interior do indivíduo, é um dos aspectos chave que relativiza, inibe e desmaterializa os estados infelizes causados pelas contradições interiores adquiridas nas nossas vivências. Mas este processo não é fácil, pois carece de um trabalho profundo de compreensão própria, somente atingível por indivíduos que buscam a sua realização interior e não exterior. Esta vertente evolutiva, transforma o indivíduo lentamente e consequentemente isola-o, tornando assim o seu caminho solitário.
A solidão da evolução é um preço elevado, que nem todos estão dispostos a aceitar e comungar, apesar de ser necessário e imprescindível. È por isso que tantos momentos de contradição encontramos e vivemos nas nossas vidas, pois simplesmente não queremos aceitar o que é tão óbvio: estamos aqui para evoluir, nada mais!
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