Quando à minha volta, pouco interesse encontro no que vejo, viro o meu olhar para cima. Para o céu. Procuro talvez o sol que possa fazer brilhar a minha existência. Como o horizonte material da Terra tem os seus limites, talvez procure no céu a infinidade da sua imensurável dimensão, onde talvez encontre um plano maior de felicidade. O céu não tem limites, sempre se ouviu dizer. Mas se no céu julgamos felicidade, verdade é que, na sua imensidão é que a encontramos.
Mas antes de mais, teremos de realizar e tomar consciência que é no ponto mais pequeno desse universo que essa mesma felicidade existe: em nós mesmos.
Deslumbrar-se com a beleza de um céu azul, com um sol radioso a iluminá-lo com cores tão apaziguadoras, só pode ser visto através dos olhos de quem realmente procura ser feliz aliando-se à felicidade dos outros. A razão da nossa felicidade, está na proporção directa com a qual fazemos os outros felizes. Pois isolados, não somos realmente nada.
Desejar, não é pecado. Não é apanágio de desilusão ou ilusão. Desejar, é parte fundamental da nossa condição humana e motor do nosso progresso pessoal. Mas quando não se atinge o que se deseja, cai-se numa espiral de tristeza e, por vezes de revolta interior, que não pode mais do que ser apaziguada pela paciência e resignação perante a nossa incapacidade (ou falta de vontade!) em mudar os acontecimentos da nossa vida.
O céu. A felicidade do céu que tanto perscrutamos, deve de estar onde estamos, no que somos e não não no que julgamos ser. Podemos enganar-nos, mas dificilmente enganamos o Universo.
Olhar para o céu, alimenta a nossa sede de felicidade. Alimenta o desejo de estar onde julgamos estar a nossa felicidade. Mas, na verdade, saberemos realmente se será onde julgamos, que está a nossa felicidade?
Quem pode responder a esta questão?
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