29/05/2012

O mar da Vida

Compara-se a vida a muitas coisas, fazem-se muitas analogias entre a vida e tudo o mais que seja tão incerto e no qual não conseguimos exercer controlo e algum domínio. A vida é sem dúvida isso mesmo. O elemento ínfimo da incerteza, da dúvida, das tristezas e das alegrias. 
Tal como o mar, assim podemos ver a nossa vida. Um vai em vem de ondas, de correntes várias que nos transportam para diversas direcções, umas vezes a calmaria predomina, noutras as tempestades assolam os nossos momentos. Estar sentado à beira praia e admirar o mar, é como admiramos a nossa vida num plano superior. O mesmo mar que nos traz momentos de alegria, também nos remete para momentos de tristeza aquando  nos encontramos envolvidos nas tempestades. A contemplação da vida, com a tomada de consciência do nosso papel nesta existência é como se nos encontrássemos permanentemente no meio do imenso oceano. Ora remamos rumo aos nossos objectivos, na procura da terra firme que nos possa retirar do alcance das tempestades no alto mar, ora rumo ao infinito desconhecido tantas vezes temido.
A vida, tal como o oceano permite escolher todas as direcções, em em todas elas existe um fim, um propósito bem definido que ou vem ter connosco via ventos e marés, ou nós próprios o procuramos remando para lá chegar. As tempestades do mar, da nossa vida, somente nos servem para relembrar a nossa pequenez e incapacidade de controlar tudo à nossa volta. Servem também para tomarmos consciência dos nossas acções e decisões. Navegar à bolina é um modo em que muitos de nós decidiram fazer a sua viagem. Deixar-se levar pelas marés sem nunca entenderem o real propósito da sua vida e da sua viagem nesta vida. Por isso muitos navegadores nunca conseguiram encontrar o seu destino....a sua terra firme.
Admirar a imensidão do mar, é admirar a imensidão da nossa vida. Para viver feliz, é preciso aprender a navegar, entre ventos e marés nem sempre favoráveis. É aproveitar os bons momentos que as marés nos trazem, vivendo o presente, aprendendo com o passado...e olhando para o futuro.

28/05/2012

Um olhar

A felicidade de poder ver o mundo através dos nossos próprios olhos, é sem dúvida, elevada dádiva de Deus. No entanto, nem sempre os nossos olhos vêem o mundo de uma forma global, ampla e objectiva. Este simples facto, leva a que muitos de nós, vejamos a nossa vida, de uma forma completamente diferente e muitas vezes, vermos uma vida que não desejaríamos viver ou ter vivido. 
Olhar para a nossa vida, é um processo muito mais complexo do que julgamos, por isso mesmo é muito natural que olhemos para a vida dos outros com muito mais interesse e afinco. Ver a vida de quem julgamos ser mais feliz que nós, por possuir mais bens materiais ou qualquer outra coisa que ingenuamente invejamos ou somente desejaríamos possuir, é sem dúvida um dos reflexos inequívocos da nossa real incapacidade de ver e olhar para a vida de forma emocionalmente inteligente. 
Muitos de nós viveram ou vivem as suas vidas sem realmente as viverem. Seja pelo facto de de algum modo de sentirem diminuídos por algo que não conseguem entender e compreender, seja porque não conseguem em si mesmos ver a razão e fonte da sua felicidade. É fácil culpar a vida, culpar a fortuna (destino), pelos nossas desilusões e frustrações, mas não aqui que reside a solução da nossa incapacidade.
Olhar para a vida com outros olhos, com olhos de mais Amor, é difícil e inacessível a muitos corações apegados às vicissitudes dos bens materiais. Somente através de um olhar limpo e cheio de amor, é possível gerar inúmeros sentimentos que originam a plena felicidade. É através deste sentimento que conseguimos olhar  para a nossa vida de uma forma mais aberta, mas abrangente e vê-la como um processo evolutivo. Olhar para a vida com os olhos despreocupados de quem nada tem a temer por ser feliz, é olhar para a sua vida com os seus verdadeiros olhos e não através de outros olhos que julgamos melhores que os nossos.
Não podemos viver uma vida, sem realmente vivê-la em felicidade. Não podemos olhar à nossa volta sem realmente ver o que lá existe. Não podemos ser o que não somos, da mesma forma que não podemos ver através dos olhos que não são os nossos. Olhar para nós e para a nossa vida, com a consciência que a razão da nossa felicidade é uma equação matemática tão simples como o somatório das partes, sendo estas revestidas em torno de sentimentos de Amor próprio e ao próximo, só pode resultar na nossa felicidade hoje e a de amanhã. 
Mas acreditem que isto não é fácil....pois os nossos olhos, não conseguem nem "ver" nem "olhar"...

24/05/2012

Auto-estima

Todos nós temos momentos em que ou por um lado nos sobrevalorizamos, como por outro agimos em sentido completamente oposto, subvalorizando-nos. Somos efectivamente seres complexos...

A auto-estima, a auto-imagem e a auto-aceitação, são avaliações que se revestem de uma essência subjectiva, é um facto, no entanto possuem uma força tremenda na forma como encaramos a nossa presença e acções na vida. Contra balanceadas equitativamente, isto é encontrando um ponto de equilíbrio entre os aspectos positivos e negativos, é possível ao ser humano viver uma vida mais feliz e tranquila consigo próprio. A maioria das pessoas não consegue entender o poder que tem em si, quando se aceita como é e em função disso trilha o seu caminho de felicidade. A parte mais fácil é sempre a parte negativa, de vermos em nós só que não está correcto, relegando a auto-estima para níveis muito baixos e induzindo níveis elevados de infelicidade e frustração.

Agora um pequeno exemplo...
Imaginemos que temos uma nota de 10 euros nas mãos. Quanto vale esta nota? 10 Euros, será.
Se a dobrarmos ao meio, quanto valerá agora? Os mesmos 10 euros.
Se continuarmos a dobrá-la mais, quanto será agora o seu valor? Continuará a valer 10 euros.
Se a amachucarmos e pisarmos, quanto valerá então? Apesar de suja e amachucada, não deixará de valer os mesmos 10 euros iniciais.

Moral da história;  Independentemente do que vida nos traga como dificuldades e do mal que os outros nos possam fazer, continuaremos sempre a ter o mesmo valor. Somos seres com um valor incalculável e únicos no mundo, apesar de muitas vezes não o sabermos, não o aceitarmos ou não sermos vistos pelos outros como tal. Importa como nos vemos e deixar-mo-nos influenciar negativamente pelos julgamentos dos outros, muitas vezes de quem não têm capacidades morais, é sem dúvida o caminho para a infelicidade e frustração pessoal.

21/05/2012

Reconhecimento

Quem nunca procurou o reconhecimento?
Quantos não norteiam a sua vida com base nisso?


Todos nós procuramos de uma forma ou de outra diferenciar-mo-nos dos demais, procuramos fazer a diferença seja no ser (aparência) como no ter (posses). Outros procuram a diferenciação anónima pelas acções praticadas em prol dos outros.
À medida que vamos evoluindo na vida, sobretudo no contexto social das sociedades modernas materialistas em que vivemos, quando conseguimos, nem que seja momentaneamente, fazer ou ter algo diferenciador buscamos de imediato um reconhecimento aliado ao facto. O que na maioria das vezes se torna um processo tortuoso, seja pela não "conquista" desse reconhecimento ou pelo simples facto de não conseguirmos o efeito desejado e pretendido; alimentar o nosso Ego. 
Viver na humildade de pensamento e dos actos, é sem dúvida o caminho que nos transporta para uma felicidade de difícil obtenção para quem se norteia pelo reconhecimento constante com o qual alimenta a sua vida, no entanto é vivendo dessa forma, humilde, que o Ego se remete a uma condição de quase sonolência e assim a vida encontra outro sentido. Não é um processo fácil.
O reconhecimento deve de existir, com certeza, pois este é o culminar de um processo de mudança e "luta" interna que nos leva à conquista de um objectivo, seja ele tanto mais ou menos nobre. No entanto o reconhecimento tem de ser antes de mais interno, isto é, fruto da avaliação do nosso coração no contexto de valores morais elevados, com uma consequência directa no nosso bem estar próprio e com a nossa vida. O desejo de reconhecimento público, é uma projecção exterior do Ego, é um processo de engano próprio alimentado pelas aparências e pelas nossas personas que desejam diferenciar-se dos demais numa lógica de engrandecimento aparente e com fracas bases morais. 
Quem pratica acções com base em sentimentos elevados de Amor, não procura o reconhecimento público, mas sim o reconhecimento maior de Deus, da sua consciência e de um prazer infindável de praticar o  Bem para ele próprio recolher boas colheitas.  
É uma lição difícil de aprender, mas não haverá nada de mais engrandecedor que os actos de caridade anónimos.

17/05/2012

Guia Espiritual e Anjo da Guarda

Muitos já ouviram falar dos Guias Espirituais, mas saberão exactamente o que são, quem são e qual a sua missão?

Um guia espiritual é alguém, na condição de espírito não encarnado, que nos acompanha durante a vida ou parte dela, dependendo da sua missão e do sucesso ou não da mesma, e pertence sempre a uma ordem de evolução moral e espiritual superior à nossa.
A função de guia espiritual é voluntária, não obrigatória nem obedecendo a nenhuma lei divina particular, é somente uma missão que um ou mais espíritos decidem tomar no sentido de nos ajudar num determinado objectivo nosso que eles mesmos já tiveram de concretizar e fundamentalmente de nos proteger e envolver nos domínios do bem. Ao ajudarem-nos, estão eles mesmo a elevar-se caminhando no sentido da sua purificação. 
Não confundir os guias espirituais com anjos da guarda, pois a função do anjo da guarda é muito diferente. Os anjos da guarda, são seres de luz muito elevados espiritualmente designados por Deus para nos proteger a vida até que a nossa hora chegue, isto é, até que a nossa hora de partir para a pátria espiritual não chegue, os anjos da guarda farão tudo o que estiver ao seu alcance para nos afastar de uma morte prematura que não seja causada única e exclusivamente pela nossa própria vontade, fruto do nosso livre arbítrio.
Para estabelecer comunicação com os nossos guias espirituais basta concentrar-mo-nos no nosso "coração" e intuição, através da meditação e procura da paz interior. Não é um processo fácil e os guias espirituais só se manifestam se entenderem que existe mérito e utilidade para nós, fora isso vão tentando desenvolver a sua missão ajudando-nos e intuindo-nos para o que estivermos destinados.
Através da meditação e práticas continuadas do Bem, rapidamente se consegue aceder a níveis superiores de consciência e poderemos ir sabendo quem são os nossos guias espirituais  do momento ou os que nos acompanham desde sempre, ou melhor, desde que iniciámos uma nova encarnação.


16/05/2012

Os erros que cometemos

Das inúmeras dificuldades que o ser humano possui, ou vai desenvolvendo ao longo da vida, uma delas é a admissão do erro próprio. 
Diz-se que errar é humano, e quem nunca errou uma única vez?
A questão não se prende com o erro em si, mas sim com tudo o que lhe diga respeito seja no antes como no depois, isto é, na análise das causas que levaram a cometer aquele erro e depois nas suas consequências directas e indirectas. É importante perceber porque se errou, que processo mental e suas causas existiram. Também é relevante entender e ter consciência das consequências do mesmo, pois se o caminho mais fácil é ignorar o erro, abstrair-se da nossa responsabilidade, não assumir o que fizemos tem sem dúvida consequências bem mais gravosas tanto para nós como para os outros. Neste domínio o Ego impera, o julgamento superior que muitas vezes fazemos de nós próprios leva a que não consigamos ter noção dos nossos erros, tanto que muitas vezes julga-mo-nos imunes ao erro. São os outros que estão mal e erram. Eu não.
Quando se atinge um nível de consciência mais elevado, o erro é fonte de remorso e de sentimentos de culpa, é como um veneno da alma. É chegado o momento de remediar o mal que se provocou, pedir perdão,  tomar consciência do que somos e fazemos em prol do meu bem e dos outros. Pedir perdão pelo erro é o bálsamo para a nossa alma.
O perdão pelo erro só tem valor moral quando é fruto da consciência, quando a sinceridade é absoluta no acto. Somos julgados pelo que fazemos, pelos outros, pela justiça, pelo o que seja, mas o valor do perdão em consciência é muito maior que o julgamento exterior a nós, pois não existe maior sofrimento do que o interior, o da alma, o da consciência que nos consome.  
Assumir o erro não é acto de fraqueza, mas sim de elevação moral e espiritual do indivíduo. Assumi o erro é remeter o Ego à sua condição menor, é valorizar a humildade. Assumir o erro não é um crime, mas uma bênção à nossa consciência moral.
Se tiveres que pedir perdão a alguém, é o momento...avança, não deixes o Ego dominar-te.

15/05/2012

A força das palavras

Qual a força das palavras?...

Usa-mo-las a todo o momento para comunicarmos uns com os outros, em diferentes contextos, sob vários tons e acompanhadas das mais diversas expressões físicas. Na realidade as palavras possuem um poder e uma força que é por vezes incalculável, seja para o bem, como para o mal. Através do uso da palavra, conseguimos coisas extraordinárias anto para nós como para os outros.
É preciso ter atenção ao uso das palavras quando comunicamos com os outros. Na realidade, não temos consciência do impacto e efeitos consequentes das palavras que proferimos. As atitudes são muito importantes nos relacionamentos interpessoais,  no entanto é fundamental ter consciência e medir bem as palavras que usamos, pois estas são a expressão do pensamento e somente os bons pensamentos originarão boas palavras e consequentemente boas acções.
Antes de falar, é bom pensar um pouco no que se vai dizer, pois não sabemos e dificilmente conseguiremos medir o impacto do que diremos. Falar mal, que não é a mesma coisa que exprimir-se mal, é uma arma que rapidamente se pode virar contra nós.  

Por isso, o aconselhável é:

Ter em atenção os Pensamentos que temos, pois estes se tornarão Palavras
Ter cuidado com as Palavras que usamos, pois estas se tornarão Actos.
Ter atenção aos Actos, pois estes se tornarão Hábitos.
Ter atenção aos Hábitos, pois estes irão moldar o nosso Carácter.
Ter consciência do nosso Carácter, pois será este que irá determinar muito do nosso Destino...

Citação de Mahatma Gandhi: " O homem arruína mais as coisas com as palavras do que com o silêncio."

O despertar

Se o senso comum atribui a muitas das coisas que nos acontecem na vida, como uma fatalidade do destino, mesmo não sendo totalmente verdade, também existem situações às quais não se consegue fugir durante a vida mesmo que se tentem adiar ad eternum. Isto é, ao despertar espiritual.
A grande maioria de nós, vive a vida num contexto muito material, onde vai imperando o TER e o SER hipócrita e aparente, até que um dia algo, seja alguém ou um acontecimento irá mudar para sempre o resto das nossas vidas.
As rotinas diárias fazem-nos esquecer o que somos e quem verdadeiramente somos, as pressões do trabalho, do movimentado quotidiano, tudo gira em torno de qualquer coisa, menos de nós. 
Até ao dia em que numa pequena fracção de tempo, tudo muda e nos apercebemos realmente que a vida, a verdadeira vida, não está na forma como a estávamos a viver. Normalmente, na maioria dos casos este click dá-se através de acontecimentos trágicos que nos tocam profundamente, por acidentes, falecimentos de próximos, desemprego, ou qualquer coisa que nos inflija uma perda grande e nos toca no mais intimo do nosso ser e existência terrena.
Existe quem desperte mais cedo e como tal conseguirá realizar-se na vida de uma forma mais feliz e menos condicionada, mas outros, a grande maioria, só o entenderá através do sofrimento.
Despertar significa uma nova vida, uma nova tomada de consciência de quem somos e o que somos, das nossas capacidades, da nossa força e Luz interior. Significa o entendimento do nosso papel nesta vida, neste planeta, na sociedade onde nos encontramos. Significa o encontro com uma felicidade alicerçada noutros valores que não os dos bens materiais. Significa um encontro há tanto esperado com o nosso Eu Interior, com a nossa consciência moral e espiritual. 
No fundo, significa o encontro com a verdadeira felicidade à qual estamos todos destinados a viver...  

11/05/2012

Renascer de novo

Como poderei renascer de novo, se já nasci?

Renascer, é sem dúvida um conceito interessante de análise da vida humana. Independentemente dos critérios religiosos de cada um, renascer é um processo pelo qual todos passamos, por vezes sem sabermos, outras vezes com a perfeita consciência do momento, muito fruto do Karma.
Todo o homem tem de nascer e renascer quantas vezes forem necessárias, para que vá completando o seu aperfeiçoamento. É a chamada a Lei do Progresso. 
Nascemos na vida biológica, mas o processo de renascer, apesar de directamente ligado a este facto, encontra o seu espaço de análise noutro âmbito. Renascer significa a transformação interna de cada um, sendo este um processo pelo qual todos, sem exclusão, temos de passar. O caminho da transformação é longo e nem sempre visível aos olhos de todos, até determinado momento que é substancialmente variável e circunstancial a cada um de nós. Ninguém herda inteligência ou saber, através deste exemplo verifica-se que toda a nossa existência é um processo evolutivo, sendo que o seu culminar encontra-se no nosso aperfeiçoamento moral e intelectual.
O espírito nascerá, morrerá e renascerá quantas vezes forem necessárias são filosofias conhecidas e dogmas defendidos, desde há muito tempo por povos e religiões várias. Na verdade, somos fruto do que fomos, seja num passado mais ou menos longínquo no tempo. O aperfeiçoamento humano, depende do seu renascimento pessoal e interior e por muito que se queira retardar este processo ele estará sempre gravado no subconsciente e um dia será guia da nossa conduta.
Para renascer não significa necessariamente que tenhamos de morrer na forma física de expressão, mas sim é necessário eliminar o que existe de errado em nós, seja pelos pensamentos que desenvolvemos, pela conduta que vamos tendo, pelas acções e práticas que vamos desenvolvendo. Renascer é um processo interno, espiritual e sobretudo o processo evolutivo no caminho da nossa felicidade. 

   

09/05/2012

Os Julgamentos

Fundamentalmente tudo o que existe à nossa volta é julgado por nós, sejam objectos ou pessoas. O que seja, tudo passa pelo crivo do nosso julgamento pessoal, de uma forma mais ou menos superficial de âmbito recriminatório ou não.
Relativamente às pessoas, é muito comum elaboramos juízos de valor e considerações várias sobre elas, tal como se fossemos todos juízes supremos com direitos aquiridos para julgar alguém.
Ao nosso olhar, com base na nossa única e simples estrutura de conhecimento ínfimo, mas que julgamos amplo o suficiente, emitimos juízos de valor condiccionados, precipitados, não fundamentados, insensíveis, severos, preconceituosos e muitas vezes revestidos de elevada injustiça para com o outro. Esquecemo-nos momentaneamente quem somos e o que somos, para assumirmos um papel de perfeição hipócrita.
Não é fácil deixar de julgar os outros, ou nós próprios fugirmos ao julgamento alheio, pois o ser humano é assim mesmo. No entanto é possível alterarmos o nosso comportamento a esse respeito, modificando o nosso olhar sobre as coisas e sobre os outros. Se tivermos sempre presente e em consciência a nossa condição de seres humanos imperfeitos, ganharemos substancial terreno no que respeita ao olhar e considerações recriminatórias sobre os outros, sendo que antes de os julgarmos, teremos antes de mais feito o nosso próprio julgamento e assim conseguiremos analisar o nosso ascendente moral sobre o outro. 
Todos quanto possuem maiores ascendentes morais relativamente a outros, nunca se comportam como julgadores, pois sabem que a sua essência é o Amor e o Bem e como tal é neste sentido que praticam e exercem as suas acções na ajuda e apoio a quem precisa. Não julgando os outros  sob qualquer forma e pretexto, preocupando-se sim em ajudar e a corrigi-los.


"Por que olhas a palha que está no olho de teu irmão e não vês a trave que está no teu?"

08/05/2012

Dicionário Espiritual

Alma - A alma é um espírito encarnado num corpo. A inteligência humana não nos permite vê-la nem imaginá-la. Mas a alma é imaterial, é o principio da inteligência e guarda a sua individualidade após a morte. 


Carma / Karma - Equivalente da lei de Causa e Efeito, também chamada lei de acção e reacção. Nível de evolução espiritual de cada indivíduo, ao qual se devem as circunstâncias favoráveis ou desfavoráveis que venha a encontrar, conforme as suas acções.

Espírito - É o princípio inteligente do Universo, individualizado, com moralidade própria. O espírito é distinto de Deus, seu criador, e da matéria, a qual se une para que possa se manifestar.

Médium - É todo aquele que sente a presença dos Espíritos mediante diferentes formas e meios.

Mediunidade - Faculdade inerente ao homem que lhe permite a percepção, em um grau qualquer, da influência dos Espíritos.

Perispírito - Invólucro semi-material do Espírito. Nos encarnados, serve de laço intermediário entre o Espírito e a matéria.

Psicografia - Capacidade atribuída a certos médiuns de escrever mensagens ditadas por Espíritos.

Psicofonia – Capacidade do médum em que possibilita a um Espírito falar através do seu corpo.

07/05/2012

Tens tudo o que precisas...

Tens tudo o que precisas. Nasceste no lar que precisavas. Vestes o corpo físico que merecias. Moras onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com seu adiantamento. Possuis os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas. O teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização. Os teus parentes e amigos são as almas que atraístes com tua própria afinidade. 
Portanto seu destino está constantemente sobre teu controlo. Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a tua existência. Os teus pensamentos e vontades são a chave de teus actos e atitudes. São as fontes de atracção e repulsão na tua jornada nesta vida. 

Não reclames nem te faças de vítima, antes de tudo analisa e observa. 

A mudança está nas tuas mãos. Redefine os teus objectivos, busca o Bem, abre as portas do teu coração e viverás melhor e mais feliz.

04/05/2012

A estrela que somos

Todos nós em algum momento olhámos à nossa volta, admirámos o céu, olhámos para as imagens fotográficas do do espaço e do universo que nos chegam dos satélites em viagem ou em órbita à volta da Terra. Todos já tentámos imaginar o tamanho do universo, o que existe para lá do confinado ao planeta onde vivemos actualmente e do que a nossa vista alcança. 
Não importa quão grande pode ser o universo, não importa o número de planetas e estrelas que nele coabitam, não importa quantos somos, quantos fomos ou quantos seremos. O que realmente importa é que somos parte desse universo, fazemos parte integral dele e somos peça fundamental ao seu funcionamento também. Somos pequenos considerando o que imaginamos ser o tamanho do universo, mas temos um papel a desempenhar na sua evolução. Somos cada um de nós, uma estrela nesse universo.
Deus criou o universo, criou-nos a nós, criou tudo o que se vê e não se vê aos nossos limitados olhos humanos. Somos filhos de Deus e nessa condição somos todos iguais, apesar das diferenças que as sociedades e a vida nestas, nos impõem ao longo da nossa vida. 
A estrela que somos tem um brilho muito particular, brilhando mais ou menos conforme nos vamos lembrando da nossa condição de filhos de Deus. Quem vive a sua vida lembrando-se desse desígnio e à luz dos seus ensinamentos, vive com mais felicidade e alegria. Por outro lado, também saberá que a luz que brilha dentro de si, é forte o suficiente para ajudar a ultrapassar as dificuldades do dia-a-dia, pois a fé nunca abala a esperança de quem acredita em si mesmo.
Não importa o que fazemos ou onde estamos, o que importa é o que somos realmente e o que construímos para nós, para os outros no presente, que acabaremos por colher no futuro.
Somos todos iguais, as oportunidades ou "sortes" que vemos nos outros e nós não temos eventualmente, são somente aparências sem valor moral. Não possuímos nada mais que a nossa consciência moral e Amor próprio, tudo o resto é-nos emprestado por um tempo...Tudo nos é retirado quando a vida na terra acaba. A estrela que nós somos e que brilha em nós nunca se apaga, nem nos pode ser retirada ou apagada.  
      

02/05/2012

Os sonhos

O que fazemos quando dormimos?
O que são os sonhos?


Sigmund Freud estudou extensivamente este assunto do ponto de vista médico, no âmbito da psicanálise. No entanto, não é nestes domínios que se encontram as respostas a tão complexas questões.
Todos sonhamos, acordados ou durante o sono. Sonhar durante o sono, é algo que não controlamos, nem nunca conseguiremos fazê-lo, pois está muito para lá das capacidades intelectuais da nossa condição material e corpórea.
Sonhar é um processo de emancipação da alma, tornando-a mais independente pela relação efectiva na sua ligação à vida activa do corpo (isto através do sono) e de relação. Através dos sonhos, existe uma espécie de clarividência indefinida que nos permite "viajar" a outros lugares, outros tempos, outros momentos e outros mundos inclusivamente. Na maioria das situações a circunstâncias nunca vistas anteriormente e desconhecidas à vida corpórea do momento.
A dificuldade que muitas vezes se experimenta no relato dos sonhos, é a de conseguir encontrar um nexo, uma linha condutora para o seu entendimento e compreensão no global. Este aspecto não é possível dada a uma incapacidade da nossa parte, fruto de não termos pleno conhecimento do "livro" da nossa vida e também porque o corpo não consegue assimilar sentimentos e emoções que não lhe foram dadas através dos seus sentidos físicos. Muito do que se passa nos sonhos já aconteceu ou, em alguns casos, acontecerá. No entanto, fruto de um subconsciente incontrolável ao nosso poder físico, não nos permite aferir com clareza analisar os sonhos com perfeita noção de causa. 
Sonhamos porque o nosso espírito viaja, livre da nossa vontade material, toma resoluções para o seu momento e o seu futuro, que em muitos casos serão aplicadas pelo seu manto corpóreo levando a mudanças na vida, interiores com relação directa para o seu exterior.
Esta análise é superficial, muito existe para analisar num âmbito espiritual pois é aí que residem todas as respostas para a interpretação dos sonhos...