15/03/2012

Depois da vida - II

A vida que cada um de nós vive actualmente, seja qual for a perspectiva de cada um, tem um propósito maior que muito dificilmente pode ser entendido e compreendido na actual condição. Isto é, nada acontece por acaso e tudo o que vivemos é fruto da "sementeira" que fomos fazendo à medida que o nosso espírito tem vindo a evoluir.
A morte não é mais que um processo simples de finalização de um ciclo, de um conjunto de tarefas (completadas ou não, pois tudo está sempre dependente da nossa vontade própria) que nos comprometemos a realizar no sentido único e missionário da nossa evolução espiritual. 
Qual é a minha missão nesta vida?. A resposta é simples na essência, mas difícil na aplicabilidade e consiste no único propósito da nossa evolução em direcção à perfeição, que só pode ser atingido através da caridade e vivência no Amor e humildade. 
A morte não deve de ser encarada com medo, pois é bem verdade que é difícil partir ou ver os entes queridos a partir para a pátria espiritual, mas essa partida reveste-se de especial significado, sobretudo para aqueles que durante a sua vida terrena fizeram o que estava ao seu alcance para se melhorarem, para se aperfeiçoarem como seres humanos e espirituais, para encontrarem no caminho do Amor pleno e incondicional a razão do seu trabalho, da sua dedicação e da sua vida plena. É isto que Deus pretende dos seus filhos e foi esta uma das grandes mensagens que Jesus Cristo nos deixou. Para quem praticou o Bem e o Amor, a morte é a recompensa do espírito, pois este abandona um corpo que lhe trouxe amarguras, tristezas e muito sofrimento. O espírito volta à sua pátria mais leve, mais brilhante e um pouco mais perfeito. É o seu momento de libertação.
Por outro lado, a morte pode e deve de ser encarada com muito receio por quem na sua vida se limitou a olhar somente para si, vivendo de olhos fixos no materialismo, nos luxos e prazeres desmesurados, alimentando o orgulho, o egoísmo e a vaidade. Para esses, a morte não será de todo uma libertação, mas sim  o início de longo e penoso sofrimento...
Para essas pessoas, a vida futura será um recomeçar de novo, uma nova oportunidade de rectificar o que se fez e fazer o que se deveria de ter feito, em prol do seu próprio bem e evolução moral e espiritual.

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