01/12/2013

Missão do Homem inteligente

"Se todos os Homens que a possuíssem (inteligência), dela se servissem de conformidade com a vontade de Deus, fácil seria para todos, a tarefa de com que a humanidade avance".

A inteligência não é por si uma faculdade única de um momento, mas sim o acumular de longos processos evolutivos a que o Homem está sujeito. A história sempre admirou grandes "cérebros", seja pelos seus feitos ou descobertas, mas também muitas vezes pela sua completa ausência de moralidade. A evolução do Homem, tem obrigatoriamente de ser feita em dois planos: Intelectualidade e Moralidade, pois sem as quais a sua existência se torna incompleta e muitas vezes inócua ao seu próprio desenvolvimento, bem como ao da Humanidade. Um dos mais repetidos erros dos seres humanos, foi sempre o de sobrevalorizar a inteligência, desprezando os valores legítimos do coração e do Amor no caminho da vida. Grandes assassinos e criminosos, podem ocultar grandes génios que no entanto têm muito que expiar pelas suas faltas e erros. É impossível ao Homem saber tudo, por isso mesmo a necessidade de aquisição do conhecimento faz-se ao longo de diversas reencarnações, a cada uma se vai aprimorando e aperfeiçoando nos dois campos mais importantes da sua existência intemporal. 
Cabe ao Homem inteligente o progresso do mundo, não por vaidade ou imposição de ideais, mas sim pela ajuda ao auto conhecimento e aperfeiçoamento de cada um, pois a cada um está a responsabilidade de "colher os frutos da sua sementeira" e a partilha de conhecimento e inteligência é o caminho do progresso. Muitos, seguem as suas vidas na completa escuridão moral e intelectual, vivendo-as nos planos do materialismo mesquinho e redutor. É por isso mesmo necessário que todo o Homem mais adiantado moralmente, traga ao seu próximo um pouco de Luz e conhecimento, desinteressadamente e nunca para o desviar do seu caminho, mas sim abrindo-lhe a mente e deixando-o a pensar e reflectir sobre a verdadeira essência e objectivos da sua vida. Se Deus nos fizesse todos iguais, não se encontraria o mérito e a virtude da evolução própria, pelo trabalho e aquisição de valores. Seríamos todos como uns robots.  
Nascemos simples e ignorantes, cabe a cada um trilhar o seu caminho e em função dele, viver ou ser, mais ou menos feliz. 
As fontes da inteligência não estão num homem ou na humanidade, mas sim em todo o universo. O fim, é para todos o mesmo - a perfeição - o caminho e o tempo até lá, está nas mãos de cada um. Sejamos inteligentes...


28/11/2013

Olhando pela janela...

Dois homens, gravemente doentes, encontravam-se no mesmo quarto de um hospital. Durante o dia, iam conversando sobre as suas vidas e partilhando as suas experiências em conversas animadas. 
Um deles podia sentar-se na cama todos os dias, pelo menos durante uma hora, para o tratamento de drenagem do líquido nos seus pulmões. Como a cama dele se encontrava junto à única janela do quarto, ia partilhando com o outro aquilo que via durante aqueles momentos. A janela tinha vista sobre um belo jardim, com belas árvores frondosas e para um pequeno parque de recreio infantil, onde muitas crianças se divertiam alheias ao sofrimento vivido no edifício ao lado. No meio do jardim havia um lago, onde algumas vezes se viam patos e dois cisnes passeando sobre as águas. Um pequeno barco estava junto a uma margem como que aguardando os seus passageiros para desfrutarem daquele belo espaço. Lá ao fundo, via-se a silhueta da cidade onde a vida se fazia a grande velocidade e onde o tempo parecia não chegar para nada. 
O homem junto à janela ia descrevendo tudo com muito detalhe e pormenor, transmitindo bons momentos de felicidade ao outro que embora não se conseguisse movimentar, ia como que vendo e ouvindo tudo através da sua mente. Imaginando aquelas cenas belas como se de um bom filme se tratasse. O tempo foi passando e aquele momento era sempre muito valorizado e de grande felicidade para os dois homens restringidos àquele quarto de hospital.
Um dia, a enfermeira quando se aprontava a dar os banhos da manhã, encontrou o homem junto à janela já sem vida. A tristeza instalou-se naqueles corações, tanto dos médicos e enfermeiros, como do seu companheiro de quarto, pois durante todo o tempo que aquele homem permaneceu no hospital, fora sempre um pólo de alegria e felicidade para todos.
Logo que pareceu apropriado, o senhor que não estava junto à janela pediu que, se fosse possível, para ser colocado junto à janela para tentar ver as coisas tão maravilhosas que durante tanto tempo lhe foram contadas. Quando o homem foi mudado de lugar, percebeu que não havia nenhuma janela, somente uma parede branca e chamando a enfermeira perguntou-lhe como poderia o seu companheiro ver coisas tão belas se não havia ali nenhuma janela.
Eis que a enfermeira lhe disse que o homem era cego e talvez ele só o quisesse animar e alegrar, encorajando-o para ir enfrentando o dia-a-dia com mais força, fé e esperança.

Existe uma felicidade muito grande em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas e dificuldades. A dor partilhada, é somente uma divisão, mas a felicidade é duplicada. 
O hoje como momento, é uma dádiva de Deus, por isso é que é chamado de PRESENTE. 

19/11/2013

O céu da felicidade

Quando à minha volta, pouco interesse encontro no que vejo, viro o meu olhar para cima. Para o céu. Procuro talvez o sol que possa fazer brilhar a minha existência. Como o horizonte material da Terra tem os seus limites, talvez procure no céu a infinidade da sua imensurável dimensão, onde talvez encontre um plano maior de felicidade. O céu não tem limites, sempre se ouviu dizer. Mas se no céu julgamos felicidade, verdade é que, na sua imensidão é que a encontramos. 
Mas antes de mais, teremos de realizar e tomar consciência que é no ponto mais pequeno desse universo que essa mesma felicidade existe: em nós mesmos. 
Deslumbrar-se com a beleza de um céu azul, com um sol radioso a iluminá-lo com cores tão apaziguadoras, só pode ser visto através dos olhos de quem realmente procura ser feliz aliando-se à felicidade dos outros. A razão da nossa felicidade, está na proporção directa com a qual fazemos os outros felizes. Pois isolados, não somos realmente nada. 
Desejar, não é pecado. Não é apanágio de desilusão ou ilusão. Desejar, é parte fundamental da nossa condição humana e motor do nosso progresso pessoal. Mas quando não se atinge o que se deseja, cai-se numa espiral de tristeza e, por vezes de revolta interior, que não pode mais do que ser apaziguada pela paciência e resignação perante a nossa incapacidade (ou falta de vontade!) em mudar os acontecimentos da nossa vida.
O céu. A felicidade do céu que tanto perscrutamos, deve de estar onde estamos, no que somos e não não no que julgamos ser. Podemos enganar-nos, mas dificilmente enganamos o Universo. 
Olhar para o céu, alimenta a nossa sede de felicidade. Alimenta o desejo de estar onde julgamos estar a nossa felicidade. Mas, na verdade, saberemos realmente se será onde julgamos, que está a nossa felicidade? 
Quem pode responder a esta questão?

15/11/2013

A minha batalha contra...

"O tempo esbateu-se contra mim e tornou-se aparentemente limitado de repente. Sinto que o universo se virou contra mim, arrebatando-me os meus sonhos, ânsias de momentos de felicidade. Que terei feito eu? 
Algumas poucas vezes fiquei inundado de um sentimento de quase revolta contra o mundo. Seguimos a nossa existência segundo o nosso Carma. Eu sabia isso, mas acabava por julgar-me imune a essa lei suprema do universo. Talvez não tenha sido bom, mas sei que não fui mau. A vida trocou-me as voltas num pequeno momento que pareceu uma eternidade. Quando soube que uma doença grave tomou conta do meu corpo, iniciei uma viagem muito profunda ao mais íntimo do meu ser e da minha existência. Não pus nada em causa, mas senti a revolta de ter deixado de "viver" a partir daquele momento. 
Sentado à espera naquela sala pintada de branco com uma tira azul celeste, vi aproximar-se uma criança com uma boneca ao colo. Não tinha cabelo, aparentava um ar debilitado mas os seus olhos tinham um brilho diferente. Sentou-se ao meu lado e mantendo silêncio, olhou-me fixamente nos olhos com um ar de ternura. Não consegui dizer uma única palavra e uma lágrima teimava em mostrar-se nos meus olhos humedecidos. 
Sou a Andreia e tenho 11 anos, disse-me. Desviando o olhar para um desenho pintado na parede do corredor, disse: Sabes, não devias de te revoltar contra Deus ou contra o universo. O que estamos e vamos passar os dois, não é mais do que uma prova de resistência numa luta contra nós mesmos. Deus não tem culpa. Nós temos. Pois nós somos os donos dos nossos destinos. Estamos a aprender a viver... de novo. 
Fiquei surpreso com esta demonstração de resignação, de fé e clareza quanto ao nosso papel na vida demonstrado por esta criança. 
Voltando o seu olhar de novo para mim, perguntou-me se me podia abraçar. Anuí que sim e longamente partilhámos um abraço. 
Ela levantou-se, sorriu para mim e antes de se ir embora disse-me: O fardo pode ser pesado, mas nunca será superior à força, à coragem e à fé de quem o conseguir carregar com humildade e resignação.
Ao ver aquela criança partir, virei-me para dentro e meditei um pouco sobre aquele momento. Consegui perceber uma coisa muito simples...não devia de lutar contra nada nem contra ninguém, somente contra mim próprio. Somente deveria de continuar a procurar a felicidade...a minha felicidade. Assim se iniciou a minha batalha contra...

12/11/2013

Pedi e obtereis...

Desde muito cedo na sua existência que o Homem percebeu a sua reduzida capacidade e importância no amplo sistema universal, de tal forma que foi iniciando uma controversa forma de pedir, por vezes suplicar, favores divinos para atingir as suas aspirações, sejam elas de melhoramento interior ou questões materiais mais imediatas.
Solicitações de favores a entidades divinas, sejam elas num sistema religioso, ou para-religioso, politeísta ou monoteísta, foi sempre cartilha imperiosa na evolução humana, devido à inadaptabilidade do Homem em compreender e entender convenientemente o seu papel e condição no seu meio e de uma forma mais global, no universo.
Pedir não é errado e documentalmente vem referido na Bíblia como o caso de Jacó ao fugir para a Mesopotâmia exclamou: “Se Deus estiver comigo, se me proteger durante esta viagem, se me der pão para comer e roupa para vestir e se eu regressar em paz à casa de meu pai,… esta pedra… será para mim casa de Deus e pagarei o dízimo de tudo quanto me concederdes” (Gn 28, 20-22) e este exemplo é um dos inúmeros casos retratados. 
No entanto, é fundamental esclarecer alguns aspectos importantes quanto ao acto de pedir; O Homem não devia de pedir favores divinos com intuitos materialistas, mas sim no sentido do seu melhoramento interior e mais do que isso, ter maior consciência que Deus ajuda cada um de nós na medida do nosso esforço na busca do que precisamos dado que a Lei do Trabalho é a lei natural que induz o Homem a não se acomodar e continuar na senda do seu progresso decorrente do seu trabalho e busca pelo seu próprio aprimoramento. 
É fundamental desejar, mas mais do que isso, é fundamental crescer interiormente, no campo moral e intelectual. Obter por meio de facilidade sem o recurso às ferramentas próprias do trabalho e do merecimento, não é meta na qual Deus não ajuda o Homem.
Outro aspecto fundamental a ter em consideração é que pedir e prometer é por si um acto com alguma ingenuidade associado, dado que no campo do Bem e do Amor, nenhum favor é realizado com o intuito de obter retorno, pois todo o espírito de Bem ajuda sem pedir nada em troca. A única troca a ser feita, é amar a Deus e ao próximo como a si mesmo...    

05/11/2013

Contradições de uma vida

Quando o espírito não consegue seguir a corrente da vida que conduzimos, entramos num estado contraditório interior. Quando a visão que temos de nós próprios face aos outros, não encontra paralelo, nem se encontra em nenhum plano racional, caímos em nós mesmos enfraquecendo os alicerces de uma felicidade que julgávamos conquistada ou prestes a isso. 
A evolução do Homem, é um caminho solitário. Distanciando-se das massas, o Homem na sua senda evolutiva vai perdendo muito pelo caminho, para ganhar outras coisas mais importantes. As afeições comunentes do Homem pela parte visível e material da sua existência, transforma-o num pólo único de sofrimento interior, pelo qual nem sempre consegue desligar-se facilmente. As contradições de uma vida, são formas de consciencialização tomadas pelo Eu (self) que tomadas pelas linhas unidireccionais das visões materialistas, criam sofrimento, desânimo e ruptura consigo próprio e com o mundo. O resultado é um estado de infelicidade que muitas vezes se torna depressivo. Os desejos e a sua concretização, são os propulsores de muito da nossa existência. São a essência que nos retorna à vida da luta e vontade de evoluir, seja em que plano for. 
A reforma interior do indivíduo, é um dos aspectos chave que relativiza, inibe e desmaterializa os estados infelizes causados pelas contradições interiores adquiridas nas nossas vivências. Mas este processo não é fácil, pois carece de um trabalho profundo de compreensão própria, somente atingível por indivíduos que buscam a sua realização interior e não exterior. Esta vertente evolutiva, transforma o indivíduo lentamente e consequentemente isola-o, tornando assim o seu caminho solitário. 
A solidão da evolução é um preço elevado, que nem todos estão dispostos a aceitar e comungar, apesar de ser necessário e imprescindível. È por isso que tantos momentos de contradição encontramos e vivemos nas nossas vidas, pois simplesmente não queremos aceitar o que é tão óbvio: estamos aqui para evoluir, nada mais!

03/11/2013

Desdobramentos - O comboio

Vejo-me à noite no meio de uma linha de caminhos de ferro. A noite está muito escura e não se vislumbra nada à volta. Eis que vejo uma luz muito intensa que se move rapidamente na minha direcção. As pulsações começam a descontrolarem-se, o coração bate muito depressa. Cruzo os braços na frente da minha cara, como para me proteger, mas acabo por ser trucidado por um comboio. Vivo este momento 3 vezes seguidas, num grande momento de terror e com enorme sofrimento até que consigo ser levado daquele lugar, viajando a grande velocidade, como se estivesse a voar. Eis que me encontro num lugar escuro, nada se manifesta à minha volta. Passados alguns instantes, olho para baixo à minha esquerda e vejo um buraco que vai crescendo. O buraco é muito escuro e vejo coisas muito estranhas que vagueiam por ali, sinto dor, sofrimento, ouço gritos de agonia e sinto-me puxado para lá. À minha frente, vejo uma luz forte e intensa, uma luz que transmite muita paz. Alguém de lá me chama, oferecendo-me ajuda e apoio. Tento dirigir-me para lá, mas não consigo, sou fortemente puxado para aquele buraco negro de onde parecem sair pessoas negras com muito mau aspecto que parecem não estarem dispostas a desistir de mim. Vejo coisas negras a voar por cima de mim, como se me vigiassem e me quisessem apanhar. Sinto dor, muita dor. 
Desejo ir para aquela luz tranquilizadora, mas não consigo. A força que me puxa para baixo, para aquele buraco negro de dor, é demasiado forte. Não me consigo libertar.
Percebo a asneira que fiz. Pensava que a vida acabava com a morte do corpo. Pensava que suicidando-me, acabaria o meu sofrimento terreno onde vivia inundado com tantas dívidas. Aqueles 50.000,00€ eram um fardo demasiado grande para mim. No final, optei pelo suicídio, como forma de fazer desaparecer os meus problemas. Mas estava errado, tinha agora consciência disso. O pior de tudo para mim agora, é que não consigo ir para aquela luz branca, não consigo acompanhar aquele sujeito vestido de branco que dizia poder ajudar-me. 
Sou puxado fortemente para baixo...para aquele buraco negro, cheio de dor e muito sofrimento.

02/11/2013

Desdobramentos - O bon vivant

Comecei a sentir-me como se estivesse fora daquele lugar. Mantinha plena consciência de mim próprio, mas sentia-me a "viajar" para outro lugar, noutro tempo e noutro momento.
Lentamente, via uma sala de estar tipo biblioteca com centenas de livros, uma poltrona à esquerda, um piano de cauda à direita onde uma menina tocava uma melodia que não conseguia ouvir. Uma criança brincava junto à poltrona no chão. Notava-se que a casa era de uma família abastada e aristocrata.  
Na poltrona estava um senhor de meia idade, com barba farta, fumando charuto. Ao seu lado uma mesa de apoio, onde estava um cinzeiro e um copo com um líquido, eventualmente alcoólico. Ele estava feliz admirando ver as crianças, que julgo serem seus netos. Após alguns instantes, olha para mim e começa a contar-me as suas vivências daquele momento da sua vida. Ele sabia que já tinha "partido", mas não conseguia afastar-se da sua família que tanto adorava. Durante anos ali permanecia, no mesmo modo de vida abastada e de "bon vivant" que a vida terrena material lhe proporcionara. Dizia-me que na sua vida enquanto encarnado, nem tinha feito bem nem mal a ninguém, somente gostava de apreciar as boas coisas da vida. Sabia que tinha de partir, sair dali, mas não conseguia. Adorava ver a neta a tocar piano. Sentia-se preso ali...
Conversámos, disse-lhe que era hora de partir, deixar aquele lugar e quem sabe um dia poder lá voltar para visitar a sua família. Ele compreendeu e acedeu, pois sabia que já não pertencia mais aquele universo. 
Num ápice, como que puxados por uma força muito poderosa, fomos os dois levados para um outro lugar que se apresentava todo escuro, mas não se sentia receio. Passado alguns instantes, perguntei-lhe se via alguém à sua volta, ao que me respondeu que sim, um sujeito vestido de branco e que lhe parecia muito amigável. Disse-me que esse sujeito estava ali para o ajudar e para o acompanhar para outro lugar, onde iria continuar a "viver" e aprender mais sobre a verdadeira essência da vida. Ele estava admirado e voltando-se para mim disse que; sim, tenho de ir. Vou com este sujeito que me transmite muita paz e amor. Sinto-me bem acompanhado.
Despediu-se com um ultimo olhar e um sorriso e vi-os partirem em direcção ao que parecia uma porta de luz muito intensa. Eu não conseguia ver para lá dessa porta, somente vi alguns vultos que se se encontravam lá, como que esperando alguém.
Em poucos segundos, desapareceram para lá daquela luz e o ambiente voltou a ficar escuro como antes. 
Assim acabou esta minha conversa com um "bon vivant"... 

24/10/2013

As dores da resignação

Sem dúvida que um dos sentimentos mais difíceis de gerir pelo ser humano é o da resignação. 
Resignar-se, significa aceitar algo com submissão e num plano de quase imutabilidade, isto é, fora da nossa capacidade de o alterar.
O Homem sempre foi um ser demasiado ligado ao materialismo, depositando fé nas coisas perecíveis da sua existência. Na verdade, a vida só possui um objectivo final: a Felicidade através da evolução espiritual (moral + intelectual) e das diversas formas que temos no nosso aprendizado advém da vivência de inúmeras situações de dor e sofrimento pelas quais temos de passar, pois delas necessitamos para aprender realmente. 
"Bem-aventurados os aflitos, pois serão consolados". Eles serão felizes pois pagam as suas dívidas e delas se quitarão. O sofrimento é a escola do Amor, pois não aprendendo pelo Bem, aprende-se pela dor. Resignar-se é aceitar as nossas vivências menos boas, como prova a ultrapassar. A resignação é um sentimento útil ao corpo e à alma, pois só assim se conseguirá um equilíbrio emocional suficiente para caminhar e evoluir nesta jornada de vida. Colhemos o que semeamos, por isso quando algo de menos bom nos acontece, talvez seja bom recuar um pouco no tempo para procurar a sua origem e assim entender e assimilar as lições que se possa retirar. 
A resignação é o sentimento de abdicar em prol de algo maior, num benefício pessoal superior ao prejuízo momentâneo assim visto pelo Ego e Orgulho do indivíduo. E resignar-se é um dos caminhos que levam à humildade tão necessária ao ser humano, bem como a luz que afasta as sombras interiores e aumenta a esperança de um amanhã melhor... Haja fé.

As artes da Feitiçaria e Bruxaria

Desde os mais remotos tempos da nossa história, que a humanidade se vem deparando com o frágil equilíbrio das forças do mal e do bem. Na verdade, desde que o Homem começou por entender a sua condição extra-corporal, que iniciou uma viagem às terras do oculto e de uma espiritualidade nem sempre bem compreendida e muitas vezes mal interpretada.
Magos, bruxos, feiticeiros e afins, são figuras nas quais a ignorância depositou grandes feitos e grandes males.
Na verdade, o que é necessário entender é, em primeiro lugar, que tudo possui uma explicação lógica e racional, não havendo evento algum que não seja sustentado numa base lógica. O desconhecimento e a ignorância são as bases para a admiração, o medo e a irracionalidade comportamental e existencial de muitas pessoas.  
Os objectos, rituais, rezas, macumbas, etc.. de nada têm de consequência prática no ser humano, pois os objectos não pensam, não possuem vida e não transmitem energia alguma se esta não lhe estiver associada a um qualquer espírito que o acompanhe por afinidade, seja esta má ou boa. 
No caso do desejo do mal, o que prejudica, não são as rezas ou rituais, mas sim o pensamento forte carregado negativamente associado ao acto, que indissociavelmente se lhe junta um grande número de espíritos inferiores que partilham da mesma vontade de fazer o mal. O contrário também é verdade, quando se deseja ou faz o bem ao próximo, estaremos consequentemente acompanhados por espíritos benfeitores que nos auxiliam e ajudam nessas tarefas. 
O poder do pensamento e da Fé, são sobejamente desconhecidos à grande maioria das pessoas e por desconhecimento, julgam encontrar nos objectos e rituais, forma de trazer malefícios aos outros ou benefícios pessoais, quando na verdade só se estão a prejudicar a eles próprios, bem como a todos os espíritos que as auxiliam. Esse prejuízo, só lhes aumenta as amarguras e sofrimentos interiores, no fundo, continuando a viver o seu "inferno" de consciência. 
Os benefícios sejam eles quais forem, sempre que sejam perpetrados por espíritos inferiores que facilmente a eles respondem, possui um cariz de "pagamento" que terá de ser feito mais tarde. Pois se no caso dos espíritos mais elevados, estes ajudam sem nada desejar de troca, os espíritos inferiores exigem sempre pagamentos pelos seus serviços e ajudas prestadas, pois neles reina o Orgulho, o Egoísmo, a Ganância e a Vaidade.
Os objectos só possuem o valor que lhes são atribuídos, que no caso de espíritos mais elevados e depurados, não possuem nenhuma relevância. Somente os espíritos inferiores se apegam aos objectos e deles se fazem possuidores eternamente..ou até ao momento em que entendam que a sua felicidade não está no plano material, mas sim nas dimensões espirituais da sua existência. 

O poder do Homem está no pensamento, na Fé e no seu Amor próprio, não em qualquer bem material que possua ou qualquer amuleto de Bem ou de Mal.

23/10/2013

Do Espírito ao Corpo

O Homem, é um ser cujas dimensões ultrapassam em muito sua esfera corporal. Para lá do corpo, animado pelos órgãos e pelo sangue que lhe corre pelas veias, possui o princípio inteligente conferido pela sua mente, directamente associada ao seu espírito. 
A ligação à dimensão espiritual, não é feita de forma directa. Entre o corpo e o espírito, existe o perispírito. No perispírito, encontramos o que se designa como Centros de Força ou Chakras, que são 7, associados ao elemento físico corporal. Mas existem muitos mais. O perispírito, tem a função de "modelar" o corpo físico (designado também como Soma) em que cada Chakra, corresponde a uma glândula directamente ligada ao sistema nervoso, estabelecendo assim as ligações entre o espírito e o corpo, através do perispírito.
O perispírito é um elemento semi-material, sendo mais ou menos grosseiro conforme o estado evolucional do indivíduo e é nele que ficam impregnados todos os nossos problemas emocionais e existenciais, sendo que já fora da condição corporal, pode tomar diferentes formas conforme os status mental, tornando-se mais ou menos grosseiro conforme o nível vibracional do individuo.
O universo é energia, nós somos energia, tudo à nossa volta é energia e como tal, tudo possui frequências vibracionais diferentes. O Homem, como ser espiritual, também vibra a frequências diferentes, conforme o seu estado evolucional. Quanto mais elevado for, mais súbtil se tornará o seu perípespírito e mais luminoso será o seu espírito. Uma maior elevação pressupõe um maior distanciamento ao "mundo" material e mais à condição espiritual, que remete o Homem para maiores níveis de moralidade e intelectualidade. 
A necessidade de elevação é imperiosa ao individuo, não por obrigatoriedade, mas por necesssidade de renovação de si mesmo.

13/09/2013

Traumas de Controlo

A nossa evolução como seres humanos, tem, entre outros aspectos importantes, uma fase crucial no desenvolvimento e estruturação da nossa personalidade, que se repercute na fase adulta da nossa vida. Esta fase, encontra-se na infância e e nesta fase em particular, que muitos traços da personalidade se vão criando e traçando no futuro. 
Numa vertente em particular, existem os chamados Traumas de Controlo, que não são mais do que traços de personalidade o resultado cuja génese se encontra, no diferencial entre as formas de controlo do pai e da mãe. Estes traumas, quando analisados e interiorizados pelo indivíduo (que obriga a uma "viagem" ao passado) são muitas vezes excelentes ferramentas de auto-desenvolvimento e que permitem ao indivíduo ultrapassar dificuldades interiores que dificultam a sua evolução.
Os Traumas de Controlo, dividem-se em dois grupos - Agressivos e Passivos -, sendo que nos Agressivos encontramos os Intimidadores e os Interrogadores . Do lado dos Passivos, encontramos os Ausentes e os Coitados de mim
Intimidadores: Pessoas que buscam "controlar" os outros por vias de ameaças físicas ou psicológicas.
Interrogadores: Pessoas cujo interesse está em focar-se na descoberta de pontos fracos no Outro e utilizá-los para enfraquecê-lo emocionalmente.
Ausentes: Pessoas tipicamente indiferentes, reservadas, evitam emitir opinião, evitam o conflito
Coitados de mim: Pessoas que vivem numa aparente apatia relativamente ao mundo e a si mesmas, encontrando sempre motivos de tristeza e responsabilizam os outros pelos seus problemas.
Analisando os nossos traços de personalidade, podemos desta forma saber o nosso género e os porquês de sermos assim na actualidade. Somos o fruto do que "absorvemos" da educação, formação e personalidade dos nossos pais. Nós somos o subproduto evolutivo dos nossos pais e também, relativamente a eles, mais um passo na evolução da Humanidade. 
Neste âmbito, é possível a todos nós, encontrarmos a fonte de muitas das nossas barreiras intimas, através de um processo de auto-análise e assim evitar um consumo de energia desnecessário que nos retira estabilidade emocional e felicidade.

  

26/07/2013

Porque estamos aqui?

Porque estamos aqui?
Não será esta uma das muitas questões que ao longo da vida nos vamos colocando?
Quantas vezes encontrámos uma resposta?

Ao olharmos para a nossa vida, plena de vivências de todo tipo e género, vamos tendo momentos em que acabamos por colocar tudo em causa, substancialmente, acabando numa única questão: Porque estou aqui?
Do ponto de vista material, muitos dirão que vivem para adquirir, conquistar, no fundo TER. Do ponto de vista espiritual ou moral, outros apontarão os caminhos que os levam à felicidade plena, isto é, centram a sua existência no SER.
É bem verdade que todos somos diferentes, todos pensamos e vemos a vida de pontos de vista diferentes. Mas até que ponto isso faz de nós seres essencialmente diferentes? Será que independentemente do caminho que cada um escolhe, o fim desejado não é o mesmo para todos?
Ouvimos diariamente sábias palavras, vemos grandes gestos e actos de Amor ao próximo da parte de grandes Homens e grandes Mulheres, que estando à partida muito à "nossa frente", não conseguem ainda assim demover uma grande maioria da humanidade. Porquê?
A humanidade ainda gravita muito em torno dos elementos mais básicos e materiais da vida, o TER ainda se sobrepõe muito ao SER, a ganância, o egoísmo, o orgulho e a maledicência, são vectores que guiam muitos de nós ainda. A incapacidade de elevação mental e moral das pessoas, fá-las estagnar nos lamaçais da dor e do sofrimento, advindo da efemeridade do TER. 
Somos todos diferentes, é verdade. Mas na verdade somos todos iguais e com as mesmas oportunidades. O que nos destrinça, são os meios pelos quais optamos por viver e evoluir durante este pequeno período de tempo em que estamos na Terra. 
Estamos aqui para evoluir, acrescentando a cada vez, um pouco mais de conhecimento e moralidade à nossa já longa existência.
Quem desejar saber porque está aqui, basta-lhe fazer uma coisa muito simples para encontrar as respostas: Olhar para o mundo à sua volta, partindo de dentro de si mesmo.   

25/07/2013

As dificuldades da Vida

Dalai Lama disse um dia que "O período de maior ganho de conhecimento e experiência, é o período de maior dificuldade na vida de cada um".
Para lá de todas as considerações possíveis a respeito dos momentos difíceis da vida, esta frase ganha uma dimensão extremamente pragmática e reveste-se de pura verdade.
Na vida, atravessamos diferentes momentos, uns bons outros nem tanto. Verdade é que colhemos o que semeamos, mas ainda assim vamo-nos escondendo no desejo absoluto de que nada de mau nos vá acontecendo, mesmo que nada de bom se "semeie". Nos momentos difíceis, não só vemos quem realmente é nosso "amigo", como também somos colocados intimamente em posições desconfortáveis que nos obrigam a sair das zonas de conforto, onde tanto gostamos de "navegar". Muitas sãs as vezes em que "a vida" nos esmaga com problemas e dificuldades, que tantas outras vezes nos achamos incapazes de superar. Na verdade, somos sempre capazes de superar as nossas dificuldades, pois nunca nada está fora do nosso alcance de resolução. A questão é que a nossa incapacidade mental e por vezes moral, não nos liberta para procurarmos e encontrar as soluções dos nossos problemas. Tudo tem uma solução e mesmo quando não a encontramos, não devemos de vacilar no propósito final de resolver as dificuldades. Com fé, com muita fé conseguimos caminhar e adquirir a "bagagem" necessária para sermos capazes de ultrapassar as barreiras que nos vão aparecendo. 
Jesus disse um dia aos seus discípulos: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá e ele passará. E nada vos será impossível".
Independentemente da fé de cada um, é sempre possível mover os nossos "montes", desde que para tal estejamos interiorizados e com fé suficiente para o fazer. 
Um dia, todo o Homem conseguirá entender e compreender que para lá de um mal, está sempre um bem maior.
Mas até lá, continuaremos na senda da dor e do sofrimento, porque ainda não conseguimos entender o nosso processo evolutivo...

21/06/2013

A concessão de um desejo....

Desejar, nem sempre é sinónimo de obtenção, pelo menos no imediato do fervoroso desejo típico humano. Mas, sem dúvida que é o primeiro passo rumo à concretização de algo muito almejado.
Quando o Homem pede ao divino, por algo que deseja, será sempre ouvido, mas nem sempre poderá obter a resposta que deseja e muito menos, se a obtiver, esta será no prazo proporcional a esse desejo. 
Desejar bens materiais, é um desejo recorrente numa humanidade demasiado materialista e ainda muito ligada à materialidade da sua existência. A forma simplista de se ver a própria existência, resumindo-a ao equilíbrio do que se possui e o que se desejaria ter, remete o Homem para um vazio interior proeminente, que sem margem para dúvidas, o transporta para níveis de infelicidade por vezes demasiado difíceis de gerir. Esta gestão psicológica, por vezes turbulenta, leva muitas vezes a graves desequilíbrios psicológicos e processos mentais que dificultam muito a vivência diária das pessoas. Isto porque a sua dimensão de vida está somente centrada no TER e tão pouco mais do que isso.
Deus, muitas vezes concede a obtenção de desejos materiais a quem fervorosamente ambiciona. No entanto, nem sempre essa obtenção deve de ser vista como uma vitória, mas mais como mais uma prova a ultrapassar na vida. Pois nunca deve de ser esquecido que a materialidade afasta o Homem da sua espiritualidade, e não menos importante, que a felicidade plena encontra-se nas dimensões pessoais que nada têm a ver com as questões materiais da nossa existência. 
Fazer florescer a felicidade interior, é um processo árduo e difícil, somente possível com um maior foco no EU interior do que no Ego que não mais deseja do que se mostrar ao mundo como algo que ele não é nem precisa de ser.

11/06/2013

A Vida que continua como acabou...

"Vejo-me mal. Anomalias físicas. Quero Amor, preciso de amor. Sofro. A minha mãe abandonou-me, deixou-me. O meu pai bebia muito, era mau, batia-me. As minhas pernas não mexem, não ando. Choro muito. Olhava para a a janela desejando fugir em liberdade...a andar, correr. [...]"

Este é um trecho de uma mensagem mediúnica obtida pelo processo de psicografia. A mensagem aqui divulgada, apesar de pequena, serve para retratar o ponto onde muitas pessoas ainda "vivem" e se encontram psicologicamente depois de partirem da esfera corporal. Julgar que a vida acaba com a morte é um erro, que nem o longo historial universal veio desmistificar, ao ponto de ser uma verdade absoluta verossímil que a humanidade ainda não aceitou por completo. Tudo continua depois da morte...e tantas vezes no mesmo "ponto" onde ficou.
A morte é uma passagem de estado, somente isso. A essência continua nos mesmos moldes em que fora construída na vida. E muitos são aqueles que no outro plano da vida, procuram restabelecer o equilíbrio emocional e moral que nunca tiveram na condição de encarnados. Muitos sofriam antes, julgando que a morte os aliviaria. Mas quando o despertar se faz dou "outro" lado, verificam e tomam plena consciência que nada mudou (somente já não possuem o invólucro físico chamado corpo que tinham) e que o seu sofrimento perdura e perdurará tanto tempo quanto aquele estes irmãos assim o desejarem. Pois para que haja uma libertação do sofrimento, é preciso elevar a consciência aos maiores valores morais e espirituais que o homem demasiado materializado não consegue discernir nem assimilar. É preciso aceitar as leis divinas do Amor. 
Muitos são aqueles que vagueiam nas ondas e vibrações inferiores da amargura, da dor e das trevas muito depois da morte física. Esse "tempo" pode ser praticamente indescritível, dada a inferioridade moral a que cada a um se devota. 
Somente a aceitação do Amor pode salvá-los e esse processo é dos mais difíceis  sobretudo para todos aqueles que nunca viveram com a consciência da necessidade de ir eliminando os defeitos e imperfeições morais adquiridas ao longo do tempo....

28/05/2013

O sofrimento...

Todos sofremos, de uma forma ou de outra, seja física, moral  ou emocionalmente. O sofrimento, é parte integrante das nossas existências. E porque sofremos?
O sofrimento, advém das nossas imperfeições, dos nossos desequilíbrios emocionais baseados nas lacunas da nossa ainda distante moralidade face àquilo que deveria de ser, na verdade, toda a essência do nosso proceder na vida. Seja interior como exteriormente, as nossas vivências estão ainda demasiado baseadas nos pressupostos que tanto nos afastam da nossa verdadeira missão na vida: Evolução Moral.
A reforma íntima faz-se essencial e primordial, para evitar o sofrimento. No entanto, é necessário entender que o sofrimento é também o bálsamo necessário para a nossa evolução como seres, pois somente através dele, nos é possível aprender e interiorizar as Leis maiores de Deus, como é a do Amor. Infelizmente o Homem tem muita dificuldade na sua aprendizagem vivencial e existencial, e assim sendo, Deus coloca à sua disposição todo um manancial de lições que lhe proporcionarão as bases necessárias para sustentar o seu processo evolutivo. Através daquilo que nós muitas vezes consideramos de mau, azar ou má fortuna, são somente processos e momentos pontuais que nos fazem parar para reflectir sobre a nossa conduta e essência dos valores que estamos a "defender" naquele período de vida. 
Na verdade, não existe forma de fugir ao sofrimento, pois sem ele nunca poderíamos aprender e evoluir. Faz parte do nosso aprendizado. Para conhecermos o Bem e o Amor, muitas vezes temos de caminhar pelas trevas da dor e do sofrimento, pois a incapacidade humana tão materialista e terrena, não permite que a aprendizagem se faça sem conhecermos os dois lados da "vida"...


21/05/2013

As mudanças do mundo...

Poucas dúvidas restarão de que o mundo incorre num processo de grande mudança. Os paradigmas que sustentavam a sua pluralidade de existências, cada vez está a transformar-se mais num processo onde a história da humanidade se reescreve. Mais uma vez.
As mudanças são céleres, abruptas e cada vez mais violentas. A sustentação dos valores humanos em bases puramente materialistas está a contorcer de dor e sofrimento todos quanto não sabem nem souberam elevar-se noutros valores menos substanciais no TER e mais no SER. 
O mundo, que hoje espiritualmente falando, se enquadra nos domínios das Provas e Expiações, está indubitavelmente num processo de reorganização regenerativo, que o transformará e limpará de muito do "lixo" que ainda perdura nos mais recônditos espaços do espírito primitivo humano. 
Está a reescrever-se a história, uma nova história. As mudanças levarão às mudanças forçadas da mentalidade humana, remetendo-as para novos patamares da sua condição espiritual e mais do que isso, para uma nova visão da sua verdadeira essência. A procura desenfreada de felicidade onde ela não existe, o egoísmo e o orgulho exacerbado, serão cada vez mais anulados pelo desmoronar dos "castelos" invisíveis que o ser humano para si foi criando ao longo da história. Vários períodos marcaram a história universal, com mudanças radicais e este momento é sem dúvida o início de um novo que pela falta de Amor que existe entre a humanidade, só se realizará através da dor e do sofrimento interior fruto de uma visão demasiado estreita. 
A "limpeza" já se iniciou há algum tempo, cada vez mais se irá completando este processo de mudança transversal neste mundo tão distante de si mesmo, tão distante da essência divina da sua existência intemporal. O mundo muda e continuará a mudar, antes de mais, é fundamental que o Homem mude também ele rapidamente, por forma a evitar mais os sofrimentos e dores remanescentes da sua condição existencial baseada no materialismo puro.
Cuidar do pensamento, é antes de mais precaver-se das acções. Nós somos fruto das nossas acções, mas não antes dos nossos pensamentos. Abramos os corações ao mundo, aceitemos o Amor próprio e ao Próximo, olhemos pelos outros como gostaríamos que os outros olhassem por nós. A felicidade está onde menos se procura...no interior de cada um.
O mundo está a mudar...não sejamos mais sofredores dessa mudança, que cada um procure em si mesmo as razões da sua felicidade, sendo ela não baseada no TER, mas sim no SER.


03/05/2013

A Lei do Amor

Muitos são os Homens que vivem as suas vidas terrenas numa complexa teia coexistencial, tecida sob diferentes formas de vivência e perspectivas de vida tão díspares consoante o nível de elevação próprio de cada um. A coexistência em sociedade, não é um capricho do Universo, isso se deve fundamentalmente que o Homem precisa da interacção com os seus pares e semelhantes para poder ele mesmo evoluir nas várias dimensões pelas quais é composto: Intelectual, Moral e Espiritual. 
Seja qual for a perspectiva de vida de cada um, ninguém está além das Leis Universais que regem as nossas vidas de forma directa e indirecta. Mas a Lei principal pela qual o Homem tem a obrigação de se reger, e dela dificilmente pode imiscuir-se, é a Lei do Amor. Os sentimentos do Amor resumem toda a essência humana, sendo que esses mesmo sentimentos são tão elevados quanto a elevação e progresso realizado por cada Ser. O Homem tem na sua génese, a influência dos instintos e à media que avança e evolui, vai passando das sensações para os sentimentos. O Amor é o requinte dos sentimentos. A Lei do Amor, extingue a personalidade pela fusão dos seres e extingue as desigualdades e misérias humanas, pois através deste sentimento maior, todas as barreiras são transpostas e derrubadas. 
Amar não é subjugar, é aceitar a diferença. É ajudar e apoiar. É não julgar e educar. Amar é a essência divina que reside em todos nós, é o combustível que alimenta as almas ávidas de evoluir na direcção de Deus. 
Amar é difícil. Sobretudo para todos quanto não vejam mais do que o presente material em que se encontram. A humildade no Amor é das maiores virtudes que o Homem pode e deveria de almejar para si, pois nessa condição o Homem seria ele mesmo só Amor. Não seria o Egoísmo, o Orgulho, a Vaidade, a Ganância, etc... um sem fim de defeitos carecendo serem limados que só contribuem para a destruição própria do indivíduo. 
Recordemos sempre de uma frase tão simples que Jesus Cristo nos deixou: "Amai o próximo como a vós mesmos".

02/05/2013

À procura dos "milagres"...

Desde os mais longínquos tempos, que o Homem procura por milagres, por eventos que transformem ou que o ajudem de alguma forma na sua vida. Sendo que essa ajuda, tem a sua origem sempre numa esfera extra-dimensional que não o plano físico no qual se encontra.
Do latim miraculum, encontramos como significado simples maravilhar-se. Isto é, os "milagres", não são mais do que acontecimentos extraordinários que não encontram explicação científica à luz dos sentidos e dos conhecimentos já adquiridos. Na prática, os milagres identificam-se como qualquer coisa que nos maravilha e a qual não conseguimos explicar racionalmente.
Devido à elevada complexidade da estrutura mental e psicológica do ser humano, e mais do que isso, à enorme falta de valores morais, o Homem sempre se encontrou num enorme emaranhado de problemas e dificuldades várias que directa e indirectamente foram por si mesmo criadas, através dos seus pensamentos e das suas acções. E é quando o peso das dificuldades se torna difícil de suportar, que o Homem se vira para o Divino procurando uma ajuda que não encontra no meio materialista em que vive. Assim nasce a vontade pela procura dos milagres, que não são mais do que uma vontade expressa de solicitação de ajuda extra-física para resolver os seus problemas sem que para tal o Homem se digne a procurar as soluções dentro de si mesmo.
A génese dos nossos problemas, praticamente todos eles, está dentro nós próprios. Nós somos os responsáveis pelos nossos problemas, pois de uma forma ou de outra somos os elementos catalisadores dos mesmos. Seja pela forma como pensamos, agimos e vivemos a nossa existência com os outros que nos rodeiam. Se fizermos mal ao próximo, mal receberemos e o contrário também deve de ser verdadeiro. Se nos imaginarmos dentro de um mundo de problemas, quem nos pode retirar dele senão nós próprios? 
A tomada de consciência do que somos e do que fazemos em prol da nossa felicidade e da felicidade do outros dita por si só o maior ou menor índice de felicidade pessoal que gozamos. Os milagres não existem, os "milagres" não são mais do que simples acontecimentos regidos pelas Leis Naturais e todas elas sob a égide de Deus.
Seria um "milagre" para o Homem da Idade da Pedra comunicar-se com outro a milhares de quilómetros de distância através de um aparelho electrónico? Talvez sim.... e actualmente ainda seria considerado como tal?
O segredo por detrás dos "milagres" está somente no reduzido conhecimento e consciência do que é o amplo Universo que nos rodeia...    

19/04/2013

Vida de ingratidão

A gratidão, é uma virtude das almas nobres e é, sem dúvida, um dos sentimentos que leva o Homem ao expoente máximo da sua existência. 
Quantas vezes parámos para agradecer?
Agradecer o pequeno gesto, a atitude, o acto de valor e de amor que alguém teve para connosco?
Quantas vezes agradecemos a Deus as oportunidades que Este nos dá diariamente de podermos sermos melhores, de podermos evoluir na pluralidade da nossa essência humana e espiritual?
Sabemos pedir, pedir aos outros, exigir dos outros. Sabemos olhar para Deus quando mais precisamos de ajuda divina. Sabemos que quando o Homem nos falha, traí e desilude, Deus está sempre ao nosso lado. Ele nunca nos abandona seja quais forem as circunstâncias. Mas agradecemos-Lhe isso?
A vida, as vicissitudes das sociedades modernas e materialistas, levam o Homem para caminhos de sofrimento e tristezas profundas, pois muitas vezes assentou a sua felicidade nas ténues e fugazes ilusões do materialismo do momento. O vazio das existências sem moralidade e espiritualidade, traduzem-se em grandes momentos de ingratidão para com a vida, com os outros e para com Deus. 
Não é fácil o desapego, é verdade. Mas sem dúvida que viver na ingratidão e no egoísmo próprio de quem se julga Ser único, não leva o Homem per si à felicidade que tanto almeja.
Agradecer. Não nos esqueçamos de agradecer. Paremos uns segundos para agradecer todo o acto de Amor que Deus e o próximo tem para connosco. 
A vida é mais do que o que os olhos vêem. A vida encontra o seu enorme espaço no universo do coração do Homem que procura melhorar-se e evoluir. A vida é uma aprendizagem contínua que Deus nos proporciona diariamente. Não nos esqueçamos de agradecer isso, sejamos gratos.
E quem não quiser agradecer a Deus, que não enverede pela ingratidão perante todos quanto  nos tragam apoio e ajuda para vencer obstáculos, pois de qualquer forma, todo o acto de Amor chega a Deus...directa ou indirectamente. 

"Fazei ao próximo o que deseja para si mesmo, e agradecei pela vossa vida."

10/04/2013

Adiar a esperança...

Sonhamos. Desejamos. Ambicionamos. Alimentamos uma esperança, que nos gumes das ilusões criadas pela impaciência, nos trazem momentos de sofrimento, de desilusão, de profundas tristezas. 
Desejamos que o sol brilhe nas nossas vidas, desejamos que a vida nos traga o que desejamos e nos proporcione os momentos pelos quais tantos minutos passámos a desejar e a sonhar.
Tudo na vida tem o seu propósito maior. Propósito esse que, para uma grande maioria, está longe do alcance próximo da sua compreensão e entendimento. Nunca nada acontece por acaso e muito menos nada acontece a não ser no momento em que realmente tem de acontecer. É difícil entender isto, sobretudo para quem numa visão materialista da vida, se encontra numa redoma da qual não consegue libertar-se, desejando o Amanhã já hoje. Desejando já agora mesmo. 
A evolução interior do homem faz-se progressivamente numa lógica evolucional intelectual, moral e espiritual. O tempo não importa, pois o tempo em nada influi no processo evolutivo do Ser. O desejo, quando sustentado numa lógica inerente ao Bem próprio e/ou comum, acaba sempre por se transformar na realidade ambicionada. O universo assim funciona e assim se rege pelas leis divinas e morais numa balança que equilibra o Bem e o Mal, o atingível do inatingível.
A esperança é o "alimento interior" do Homem que deseja para si ou para os outros. A esperança não deve, ou melhor não deveria, de ser alicerçada em não mais do que nas bases do desejo puro e da paciência. Ser paciente é um dos maiores desafios do Homem.
Remar continuamente na direcção dos sonhos, é a fonte de energia espiritual que alimenta todo o Homem que deseja crescer, evoluir e melhorar-se, pois os sonhos não materialistas são pontos de crescimento interior cuja escala dificilmente encontra paralelo na esfera materialista em que vivemos na actualidade. 
Ser é bem mais importante que Ter, mas para ser, é preciso conseguir libertar-se das amarras das esperanças mal sustentadas.

25/03/2013

Anjos e Demónios

Desde a mais remota antiguidade, que o Homem "criou" seres sobrenaturais divinos com filosofias e propósitos existenciais muito distintos; uns virados ao Bem, outros ao Mal.
Os anjos e os demónios, do latim Angelus e daemonium, são seres de características sobre-humanas com "poderes" especiais que podem influenciar positiva ou negativamente a existência dos homens encarnados.
Na realidade, os anjos e os demónios não passam de homens tais como nós, que atingiram graus diferentes de evolução moral e espiritual. As histórias fantasiosas de monstros, seres demoníacos, foram sempre bons meios de persuasão que muitas religiões encontraram para "motivar" os seus fiéis nos seus propósito e dogmas de fé. 
Toda a alma, nasce simples e ignorante. Deus concede-lhe não a experiência e conhecimento, mas sim todos os meios necessários para que cada um possa adquirir e progredir na escala evolutiva a que todos estão "condenados" a seguir, até chegar à perfeição. A evolução faz-se somente por um único processo: através do mérito próprio. Através da aquisição de conhecimento e valores morais elevados e consubstanciados numa prática constante no Bem e no Amor. 
Os anjos e os Demónios, não são mais do que seres espirituais quase "imaginários" que são relegados a valores divinos conforme o seu estado evolutivo. Isto é, os anjos foram um dia homens como nós, que à custa do seu esforço de aperfeiçoamento nem sempre pelos meios mais fáceis, atingiram um grau muito elevado em termos de moralidade, intelectualidade e espiritualidade, dedicando-se agora a ajudar a humanidade a progredir segundo os desígnios maiores do amor de Deus. 
Por outro lado, os chamados demónios, não são mais do que aqueles que continuamente fogem do amor de Deus e da luz divina, não querendo entregar os seus corações ao Bem e ao Amor a si mesmo e ao próximo. Estas almas perdidas, continuarão sempre próximas de todos aqueles que, tal como eles, não abrem os seus corações a Deus, aceitando-o e trabalhando para a sua própria evolução moral, com a fé e a esperança que Deus nos dá a todos. 

11/03/2013

A Psicografia e a vida

Do Grego, psicografia significa a escrita da alma, sendo um processo de comunicação involuntário e alheio às linhas de pensamento de quem escreve, normalmente pela mão de algumas pessoas que possuem esta faculdade suficientemente desenvolvida.
Através da psicografia, estabelece-se um canal com fluxos de informação que praticamente em 100% dos casos, a documentação escrita está fora do alcance de compreensão e entendimento do escrevente, atribuindo-se assim esse conhecimento a alguém cuja presença não se encontre no plano físico e visível ao olho humano. Desde sempre persistiu o desejo do homem poder comunicar-se com quem já partira para o outro plano da vida. No século XVIX, já em plena cidade da Luz, Paris, se faziam as reuniões de comunicação com o plano espiritual, através do processo das mesas girantes e das batidas na mesa. Dos processos mais rudimentares, foi-se evoluindo para a escrita que permitia um débito muito maior de informação, com um maior nível de qualidade. 
O médium psicografo que mais granjeou e trabalho em prol da comunidade, foi o Francisco Cândido Xavier, que psicografou mais de 458 livros e também mais de 10.000 cartas "dos familiares do Além". Este homem, provou ao mundo que a vida continua, somente que noutro plano diferente do nosso actual, mas sobretudo que é possível saber e obter informações de quem já partiu. Pois mais do quem fica, a saudade é também carregada no íntimo de quem partiu e como tal, também estes desejam provar a sua "permanência" em vida. As provas e evidências foram mais que muitas e não deixam rasto de dúvida, mesmo ao mais céptico.
O pesquisador da Universidade de Londres, Carlos Augusto Perandréa, estudou cerca de 400 cartas psicografadas por Francisco Cândido Chico Xavier, utilizando as mesmas técnicas com que avalia assinaturas para bancospolícias e o Poder Judiciário, a grafoscopia. Perandréa comparou a letra padrão dos indivíduos antes da morte e depois nas cartas psicografadas, chegando à conclusão de que todas as psicografias que estudou possuem autenticidade gráfica dos referidos falecidos. 
A questão não é a prova daquilo que o ser humano é capaz de realizar, independentemente dos meios, pela escrita ou pela intuição, todos os meios são úteis para contribuir para nossa evolução. Pois se nada acaba aqui, se as provas disso mesmo existem, porquê preocupar-mo-nos com o que "fica" e o que deixamos para trás?
Porque não nos preocuparmos com o momento presente construindo as bases da nossa felicidade interior no "futuro"? 

09/03/2013

O Homem que já lá não está...

Quando se procura longe de si mesmo, os verdadeiros motivos de uma existência no presente incompreendida, o Homem inicia uma longa viagem longe do conforto das ideias estereotipadas e construídas ao longo da vida. Julgando-se num caminho de felicidade, construindo uma evolução baseada no materialismo de um momento, o Homem vai-se esquecendo da sua essência e principais definições basilares da sua existência. Uma paragem nesse processo, leva à dúvida, ao desconforto da incompreensão, da falta de visão de um futuro cujas bases do passado foram sendo construídas nem sempre na direcção da Felicidade duradoura. Estados de desespero, ansiedade e alienação, são a título de exemplo a constatação que a existência do Homem não se resume à sua filosofia de pensamento, mas sim ao resultado prático das suas acções como Ser individual vivendo num colectivo vincadamente heterogéneo.
A janela da vida vai lentamente fechando o ângulo de visão à medida que o Homem envelhece, ou quando antes disso, toma consciência de si mesmo. A tomada de consciência individual, ampla e pragmática daquilo que foi ou é, a sua vida no presente, marca o momento de modificação do futuro, pois são esses momentos que muitas vezes se transformam em depressões, que alteram o rumo de uma existência. Para melhor, ou muitas vezes para pior...
Acreditar sem questionar, não é sem dúvida uma tomada de consciência útil ao progresso e evolução individual do Homem. Viver, sem realmente usufruir da aprendizagem diária nas lições de uma nova existência, é claramente perder as oportunidades concedidas de evoluir e crescer. Viver olhando através da pequena janela da nossa vida, é eliminar a beleza de uma paisagem por onde vamos passando a cada dia que passa, tal como o comboio que rasga os campos floridos das paisagens provincianas.  
Todos somos os Homens que já lá não estão, pois poucos conseguem abrir suficientemente os olhos da mente e do coração de forma a conseguirem "ver" a sua vida num plano mais elevado e profícuo para o seu processo evolutivo. As dores do "crescimento", são e serão cada vez mais "pesadas" e dolorosas, para quem a vida não tem mais do que o sentido do momento presente vivido no materialismo, fora de uma realidade que teima em não querer ver...no fundo, fora de si mesmo.
O Homem mudou ao longo da História, tal como o mundo. Cada vez, mais o mundo continuará a mudar para todo aquele que ainda não está lá...

22/02/2013

A inteligência das Emoções

"Sábio, é o ser humano que tem a coragem de ir diante do espelho da sua alma para reconhecer os seus erros e fracassos, e utilizá-los para plantar as mais belas sementes no terreno da sua inteligência".

Este pensamento de Augusto Cury, expressa muito do que a realidade da vida nos vai ensinando, seja pela vontade própria de evoluirmos positivamente ou pelo acumular de erros e experiências que à medida que idade avança, nos vão revelando a verdadeira natureza da nossa inteligência espiritual. Nós somos aquilo que a nossa alma é na sua essência. Entre muitos filósofos, psicólogos e psiquiatras, todos chegaram à simples conclusão que sem uma visão espiritual da nossa existência física, a própria vida permaneceria sem sentido ou significado. Daniel Goleman, estudou e aprofundou o tema da Inteligência Emocional, que no fundo reverte toda a existência e manifestações exteriores de um indivíduo, naquilo que é a sua verdadeira essência interior, com base na sua moralidade, intelectualidade e mais do que isso na sua essência metafísica: a sua espiritualidade.
Olhar para a vida como se de um conjunto de fórmulas matemáticas se tratasse, na frieza de uma inteligência racional e esvaziada das impressões digitais de uma alma sem olhos para o universo pleno em que vivemos, redirecciona o individuo para uma perpetuada existência vazia de significado, de objectivos e mais do que isso, de felicidade plena. Será uma vida, numa vivência sem vida.
O homem é mais do que o veículo físico que lhe dá forma. Por isso tanto se estuda os dois diferentes tipos de inteligência que existem: Racional e Emocional. Pois se a razão nem sempre encontra o seu paralelo na emoção, o Homem precisa de ambas para evoluir e crescer interiormente. Aliada à inteligência emocional, reside a génese da sua existência; a sua espiritualidade. E na verdade, é aqui mesmo que o Homem começa a sua verdadeira existência nos terrenos do mundo físico.  

21/02/2013

As depressões

A vida, é uma grande escola onde a nossa individualidade tem de conviver num colectivo nem sempre pacífico e ávido de uma sã convivência neste nosso processo evolutivo constante. As várias lições a que o ser humano vai estando sujeito, levam-no muitas vezes a quadros psicológicos depressivos, levando por vezes às doenças. 
No entanto, do ponto de vista existencial, uma depressão nem sempre deve de ser encarada como algo de nefasto ou totalmente prejudicial, podendo inclusivamente servir como reforço das bases na forma como concebemos e vemos a nossa vida. Isto é, as causas que alimentam as depressões, se analisadas com alguma atenção, são sempre um conjunto de sentimentos, percepções ou observações que nos fragilizam internamente e acabam por nos colocar numa posição de reflexão mais profunda sobre nós próprios. No fundo, o ser humano precisa das depressões, pois muitas das vezes acabam por ser a única forma de conseguir fazê-lo parar um pouco para pensar e reflectir. 
Tirando as depressões causadas por perdas afectivas, por exemplo, a grande maioria das depressões têm como origem um desvio psicológico sobre as diferenças existentes entre as nossas percepções, desejos, vontades, ambições, etc... perante as observações que temos das mesmas. Isto é, muitas são as vezes que a nossa mente se desvia da realidade, criando outras nas quais desejamos permanecer na medida em que essas não trazem sofrimento, pois são construídas numa visão mais fechada e delineadas nos domínios dos desejos. As depressões são uma das formas que o nosso espírito se pode reeducar e balizar a sua caminhada existencial reavaliando valores e a forma como vê e interpreta a sua existência. As depressões podem ser evitadas, se houver uma vontade forte em centrar a sua existência em valores e bases morais, que não fiquem à mercê das frustrações de um mundo demasiado materialista, egoísta, individualista e sem regras no que concerne o respeito e afecto pelos outros. Somos muitos, mas estamos muitas vezes sós. 

05/02/2013

A mediunidade nas crianças

Até aos 7 anos de idade, muitas crianças vivem uma realidade bem diferente da nossa quanto às amizades que possuem, pois muitas falam dos seus bons amigos imaginários. É muito comum associarmos como factor de imaginação fértil, uma determinada apetência para as crianças que supostamente comunicam e vêem entes que já partiram ou que falam e brincam com os seus amigos "imaginários". Na verdade, a estrutura mental e psicológica das crianças não estão preparadas para lidar com os fenómenos mediúnicos típicos e muito normais nessas idades. Em termos de psicologia infantil, não se deve de alimentar ou exercitar as crianças que possuam uma mediunidade demasiado ostensiva, sob pena de lhes causar danos graves na formação da personalidade e deturpação de realidades absolutas no futuro. Não sendo, nem devendo, de ser encarado como doença ou outra patologia mais ou menos grave, a mediunidade infantil deve de ser tomada e encarada pelos pais e familiares que com ela possam ter contacto, de uma forma perfeitamente natural e nunca julgar ou associar a criança a qualquer tipo de anormalidade.
A glândula pineal, é a glândula no cérebro responsável pela  contacto entre os dois planos da vida, sendo que nessas idades, ela está muito activa e coloca muitas vezes a criança num patamar difícil de julgamento relativamente aos outros, pois a criança muitas vezes "sente" as energias negativas do meio ou das pessoas que a rodeiam ou vê coisas que os adultos (alguns) não conseguem ver. Infelizmente, nem sempre estes contactos com o extra físico é pacífico, pois pelas leis da Afinidade e da Causa-Efeito, muitas crianças hoje na condição de encarnados, poderão ter sido pessoas menos boas no passado e como tal nem sempre os "amigos imaginários" são os companheiros do momento, sendo estes substituídos por monstros ou seres horríveis que as atormentam. Este fenómeno, não passa de espíritos que não se conseguiram libertar das correntes das paixões do passado e teimam em atrapalhar a vida desta agora criança, mas antes seu cárcere.
Quando crianças afirmam se lembrar de vidas passadas e citam episódios verídicos sem jamais terem ouvido algo a respeito, é um sinal claro da sua pré existência antes desta nova encarnação e este facto, não deverá nunca ser menosprezado ou julgado jocosamente, pois não se trata de uma imaginação fértil, mas sim da vivência de mais um episódio na nossa longa história de evolução.