09/04/2012

A culpa

Durante o nosso processo evolutivo ao qual chamamos de vida, muitas são as acções que vamos desenvolvendo no percurso. Não podemos esquecer que todas as acções possuem os seus efeitos, directos e indirectos, com reflexos e consequências que atingem as nossas consciências, sejam qual for o seu grau de maturidade. É neste domínio que são mitigados os sentimentos de culpa, pois a consciência exerce um efeito penalizador e reprovador sobre nós quando a avaliação das acções praticadas possui um carácter negativo.
Analisar sentimentos de culpa, possui um lado extremamente positivo, pois ao ter-se consciência da acção negativa praticada permite não só poder actuar positivamente sobre ela, como dar uma nova possibilidade de praticar o que for realmente correcto, sempre na direcção do Bem, próprio e do próximo. A consciência moral é o juízo de valor sobre os nossos actos.
Gerir os sentimentos de culpa requer uma elevada capacidade emocional, pois se não forem devidamente geridos poderão levar a complexos e sentimentos profundos de tortura e elevado sofrimento interior. Essencialmente se não existir paralelamente um acto de perdão, a culpa pode levar ao desespero absoluto, eventualmente com consequências dificilmente remediáveis.
Agir em função do Bem, resignar-se perante Deus e o próximo, aceitar a humildade como um dos pilares da nossa evolução e sobretudo pedir perdão quando errarmos, são sem dúvida boas sementes para boas colheitas no presente e no futuro.
Muitas pessoas carregam durante uma vida sentimentos de culpa, pois a sua consciência não as liberta do juízo reprovador. No entanto o que fizeram essas pessoas para alterar esse rumo sofredor na sua existência?

Errar é humano, poderá facilmente pensar-se. E pedir perdão, não o será também?

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