12/04/2012

O silêncio

Quantas foram as vezes em que fizemos silêncio?

Este silêncio é diferente, não uma proibição de qualquer tipo de manifestação de expressões, mas sim do silêncio da nossa mente, do silêncio interior.
A todo o momento a nossa mente está em constante rebuliço com todo um manancial de pensamentos, ideias e demais ruídos  que nunca nos deixam realmente repousar e relaxar. A concentração absoluta é algo difícil de atingir pelo menos por longo tempo. A vida própria da mente não deixa...
O silêncio é ouro, sobretudo o da mente. Quando conseguimos abstrair-mo-nos do ruído exterior e interior, num acto de pura meditação, é possível descobrir um novo mundo dificilmente perceptível a quem não pára e não se silencia.
Silenciar-se significa entrar em contacto com o Eu interior, trata-se de tomar consciência de nós mesmos, trata-se de abrir a mente a vibrações mais elevadas e consequentemente a pensamentos e sentimentos mais elevados. Menos ligados à terra, ao materialismo. O silêncio traz um novo olhar sobre nós mesmos, conseguimos percepcionar melhor todo o nosso Eu, bem como o nosso estado emocional, mental e espiritual. O silêncio traz momentos de paz interior, de cura emocional, como que um recarregar de energias, uma ligação ao mundo não visível da nossa existência. O silêncio leva à contemplação das coisas, do mundo, da vida noutra perspectiva.
Por outro lado, é importante "fazer" silêncio para o outro "ser" palavra. Se não conseguimos ouvir os outros, como alguma vez conseguiremos ouvir-nos a nós próprios? Como conseguiremos ouvir o que os ouvidos não ouvem? Como conseguiremos ouvir Deus?

"Quanto maior for o recolhimento e a simplicidade do coração, tanto mais elevadas coisas penetraremos sem esforço, pela luz da inteligência, que Deus nos oferece"

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