02/04/2012

O Ego

Porque é que muitas pessoas acham que nunca serão felizes, pelo menos de forma consistente e duradoura?

Existem muitos motivos pelo que alguém não sinta a plenitude da felicidade, mas destacaria um aspecto particular para breve análise. A infelicidade advém muito por culpa o nosso Ego.
O Ego, na esfera da psicologia, é definido como o nosso Eu mais perceptível e está directamente relacionado com a nossa realidade. Existem mais outras duas instâncias do psiquismo humano, o Id e o Superego. Para já limitarei a análise ao Ego.
O Ego está directamente relacionado com a realidade no meio onde nos encontramos, com os nossos desejos e tem uma influência predominante na formação da nossa personalidade.  Muitas pessoas sentem-se infelizes porque não possuem algo, materialmente falando, porque não conseguem concretizar os seus desejos de possuir e agem por impulso na tomada de decisões de forma recorrente. O meio em que vivemos influência muito o nosso Ego e se não possuirmos um ego flexível, sucumbimos facilmente no domínio das emoções, contribuímos para a construção de um Ego frágil. O orgulho e a vaidade são dois exemplos de características psicológicas negativas que advém de um Ego frágil.     
O Ego obriga a esconder fraquezas, por vezes a bondade, o amor próprio e o amor que temos pelos outros. Também é muito responsável por não vivermos o momento presente com maior felicidade, pois este vive muito no passado e com os anseios do futuro desconhecido. O Ego é o maior responsável pela nossa não mudança comportamental, emocional e espiritual, pois funciona como uma reacção, uma repetição e não permite a nossa evolução. O Ego cria fronteiras imaginárias que nos impedem de ver que a felicidade está connosco, dentro de nós e não no exterior.  
Temos necessidade de não sermos controlados pelo Ego, pois só dessa forma podemos "ouvir-nos interiormente" de forma mais lúcida e assim encontrarmos o caminho da felicidade que não encontramos no mundo material.

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