23/04/2012

O amanhã que não importa


Muitos vivem obcecados com o amanhã. Outros encontram-se agarrados ao passado e alguns vivem o presente. 

Viver no passado, carrega demasiado sofrimento quando já se experimentou a felicidade. Quem no passado sofreu, não olha mais da mesma forma para o presente nem para o futuro, pois imagina-o e deseja que a felicidade lhe preencha a sua vida. O passado, passou, foram experiências às quais se devem de retirar as ilações necessárias para construir o presente. 

Viver no futuro é o culminar de uma filosofia de vida votada ao sofrimento devido às incertezas e desconhecimento que temos dele. Desejamos, ambicionamos, sofremos por antecipação. Mas ainda assim não sabemos o que nos está reservado.
Muitas pessoas vivem o presente como se não houvesse amanhã. O ideal será, sem grandes dúvidas, viver conscientemente o presente, criando bases e construindo o futuro. Mas a grande questão existencial é que o amanhã existe, apesar de não o conhecermos, e o amanhã não tem fim. Quando o amanhã não importa, a construção desse mesmo amanhã será colocada num patamar de sofrimento ainda maior, pois as suas bases não são suportadas nos alicerces de um caminho de evolução moral e espiritual. Colheremos o que semeámos no passado e muito rapidamente o que julgávamos como o futuro se tornará passado. O tempo não pára, tal como a nossa evolução também não.
É importante imperar a construção moral e espiritual dentro de cada um de nós, não importa o credo ou religião, importa sim a fé em nós desde que aceitemos a mudança no sentido do Bem e do Amor.
O amanhã existe, tal como já existimos no passado, não se poderá ser feliz no futuro se o presente não for construído com esse objectivo. A paciência, a perseverança, o Amor, a caridade, a fé e o acreditar em nós são alguns dos ingredientes para um futuro, um futuro bem melhor que o passado.
Amanhã será sempre outro dia, seja lá qual for o plano onde nos encontremos. Amanhã será sempre o dia que construímos ontem...

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